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Ex-diretor do FMI seguirá em liberdade à espera de sentença

A decisão também afeta Miguel Blesa, ex-presidente do banco Caja Madrid que foi condenado no mesmo caso

Rodrigo Rato: o tribunal destacou que não existe risco de destruição de provas nem de reiteração do crime (Susana Vera/Reuters)

Rodrigo Rato: o tribunal destacou que não existe risco de destruição de provas nem de reiteração do crime (Susana Vera/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 13h25.

Madri - O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e antigo ministro da Economia e vice-presidente do governo da Espanha, Rodrigo Rato, seguirá em liberdade sem medidas cautelares após ser condenado por apropriação indevida.

Assim determinou a Audiência Nacional da Espanha, em uma decisão que também afeta Miguel Blesa, ex-presidente do banco Caja Madrid (entidade que depois se transformou em Bankia) e também condenado no mesmo caso.

A Audiência Nacional considerou, em uma sessão realizada nesta sexta-feira, que Rato está "amparado na presunção de inocência".

No que diz respeito a Blesa, o tribunal destacou que não existe risco de destruição de provas nem de reiteração do crime, e lembrou também que seu comportamento e sua conduta durante o julgamento tornam "desnecessária" a adoção de medidas cautelares.

Rato e Blesa foram condenados a quatro e seis anos de prisão, respectivamente, pelo uso de cartões bancários "ocultos" do Caja Madrid, pois ambos presidiram essa entidade.

A sentença foi divulgada no dia 23 de fevereiro e apontava ambos como os principais autores do crime de apropriação indevida ao amparar o uso "particular" dos cartões contra o "fluxo" do Caja Madrid, até com pleno conhecimento de que as despesas "iam em detrimento" do patrimônio da entidade.

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