Robert Mueller: um ex-procurador federal, foi diretor do FBI entre 2001 e 2013 e tem uma reputação de independência (Jason Reed/REUTERS/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de maio de 2017 às 19h34.
Washington - Ex-diretor do FBI, Robert Mueller foi nomeado conselheiro especial para monitorar a investigação do órgão sobre os esforços do governo russo para influenciar a eleição de 2016 nos Estados Unidos, informou o Departamento de Justiça.
O vice-procurador-geral dos EUA, Rod Rosenstein, fez a nomeação, já que o procurador-geral Jeff Sessions se afastou de qualquer investigação relacionada à corrida eleitoral do ano passado.
"Eu determinei que é do interesse público para mim exercer minha autoridade e apontar um conselheiro especial para assumir responsabilidade nesse assunto", afirmou Rosenstein em nota.
O vice-procurador advertiu que a nomeação não era resultado da conclusão de que crimes foram cometidos ou de que qualquer processo é necessário no caso.
Mueller, um ex-procurador federal, foi diretor do FBI entre 2001 e 2013 e tem uma reputação de independência.
Ele tem atuado como sócio da WilmerHale, um escritório de advocacia, mas se retirará do posto para evitar qualquer conflito de interesse, de acordo com o Departamento de Justiça.
Mueller comandou o FBI na sequência dos ataques terroristas de 2001 e foi apontado como responsável por dar à agência um papel maior na coleta de informações de inteligência.
O então presidente Barack Obama pediu a Mueller que ficasse no posto após o fim de seu mandato de dez anos para buscar um sucessor.
Obama acabou em 2013 por nomear James Comey, recentemente demitido pelo atual presidente, Donald Trump.