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Eurozona faz tudo para evitar default de um membro

As bolsas despencaram nesta segunda-feira devido ao temor da falta de pagamento da Grécia

Michel Barnier: "Precisamos manter a calma e o sangue frio" (Georges Gobet/AFP)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 13h35.

Paris - - A Zona Euro "está fazendo todo o possível" para impedir que a Grécia declare o calote de sua dívida, declarou nesta segunda-feira em Paris o comissário europeu de Serviços Financeiros, Michel Barnier.

Paralelamente, Atenas anunciou novas medidas de austeridade, aumento dos impostos e cortes de gastos, ante a pressão dos mercados e os crescentes rumores de que a quebra está próxima.

Contudo, o risco de que a Grécia será o primeiro integrante da Zona Euro a declarar uma moratória de sua dívida voltou a fundir os mercados, temerosos de um possível contágio da crise aos países mais frágeis da UE como Irlanda e Portugal, e em seguida à Itália e Espanha, terceira e quarta economias europeias.

As bolsas europeais, que já haviam registrado fortes perdas na semana passada, enfrentam nesta segunda uma nova jornada de baixa. Às 12h00 GMT (9h00 de Brasília), Paris perdia 5%, Frankfurt quase 4%, Londres 2,47%, Madri 3,44% e Milão 3,65%.

Os valores bancários - e em particular os de instituições francesas e alemãs, muito expostas à Grécia - encabeçavam as quedas ante o temor de um default de Atenas.

Em Paris, o BNP Paribas caia 13,62%, o Société Générale recuava 8,86% e o Crédit Agricole 9,31%. Em Frankfurt, o Deutsche Bank cedia 9,12% e o Commerzbank 5,89%.

Barnier afirmou, no entanto, ter confiança na capacidade de resistência das instituições financeiras francesas, mas disse que "alguns bancos não-franceses mostram debilidade e devem ser recapitalizados".

As provas de resistência realizadas no final de julho mostraram que oito bancos europeus, sendo cinco deles espanhóis, possuíam fundos próprios insuficientes para afrontar cenários de crise.

A Alemanha, maior economia e maior contribuinte aos planos de ajuda da União Europeia, afirmou nesta segunda-feira desejar que a Grécia continue sendo membro da Zona Euro.

"Nosso objetivo comum é a estabilidade do euro", declarou um porta-voz do Ministério de Economia ao ser interrogado sobre comentários de membros do Governo de Angela Merkel que já falam abertamente sobre uma possível bancarrota da Grécia.


Segundo a imprensa alemã, Merkel havia se reunido com altos funcionários nos últimos dias para delinear um plano de contingência para blindar o sistema bancário alemão ante um descumprimento de pagamentos da Grécia.

No fim de semana, Atenas anunciou novas medidas de austeridade para evitar o "desastre" e atenuar os rumores.

Com mais impostos e cortes, Grécia pretende angariar "2 bilhões de euros" adicionais e assim cumprir com seus compromisso de redução do déficit para 2011 e 2012 exigidos pela UE e pelo FMI para desbloquear os programas de ajuda já acordados.

A Comissão Europeia elogiou as medidas e assegurou que a Troika, composta pela Comissão, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI), "regressará à Grécia nos próximos dias".

O objetivo é concluir "até finais de setembro" um acordo para o desembolso de 8 bilhões de euros de empréstimos, de um total de 110 bilhões acordado em 2010.

Sob uma forte pressão, os ministros de Economia europeus se reunirão na sexta-feira e no sábado em Wroclaw, Polônia.

O grande tema agora é acelerar a aprovação por parte dos parlamentos dos países da Zona Euro dos pontos contemplados no segundo paquete de resgate acordado a Grécia no dia 21 de julho passado, de quase 160 bilhões de euros, e um aumento da adoção do fundo de resgate europeu.

Dos 17 países da Zona Euro, França tem sido até agora o único em aprovar esses pontos, e o processo deveria durar ainda vários meses para ser concluído por todos os sócios.

* Matéria atualizada às 13h35

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Paris - - A Zona Euro "está fazendo todo o possível" para impedir que a Grécia declare o calote de sua dívida, declarou nesta segunda-feira em Paris o comissário europeu de Serviços Financeiros, Michel Barnier.

Paralelamente, Atenas anunciou novas medidas de austeridade, aumento dos impostos e cortes de gastos, ante a pressão dos mercados e os crescentes rumores de que a quebra está próxima.

Contudo, o risco de que a Grécia será o primeiro integrante da Zona Euro a declarar uma moratória de sua dívida voltou a fundir os mercados, temerosos de um possível contágio da crise aos países mais frágeis da UE como Irlanda e Portugal, e em seguida à Itália e Espanha, terceira e quarta economias europeias.

As bolsas europeais, que já haviam registrado fortes perdas na semana passada, enfrentam nesta segunda uma nova jornada de baixa. Às 12h00 GMT (9h00 de Brasília), Paris perdia 5%, Frankfurt quase 4%, Londres 2,47%, Madri 3,44% e Milão 3,65%.

Os valores bancários - e em particular os de instituições francesas e alemãs, muito expostas à Grécia - encabeçavam as quedas ante o temor de um default de Atenas.

Em Paris, o BNP Paribas caia 13,62%, o Société Générale recuava 8,86% e o Crédit Agricole 9,31%. Em Frankfurt, o Deutsche Bank cedia 9,12% e o Commerzbank 5,89%.

Barnier afirmou, no entanto, ter confiança na capacidade de resistência das instituições financeiras francesas, mas disse que "alguns bancos não-franceses mostram debilidade e devem ser recapitalizados".

As provas de resistência realizadas no final de julho mostraram que oito bancos europeus, sendo cinco deles espanhóis, possuíam fundos próprios insuficientes para afrontar cenários de crise.

A Alemanha, maior economia e maior contribuinte aos planos de ajuda da União Europeia, afirmou nesta segunda-feira desejar que a Grécia continue sendo membro da Zona Euro.

"Nosso objetivo comum é a estabilidade do euro", declarou um porta-voz do Ministério de Economia ao ser interrogado sobre comentários de membros do Governo de Angela Merkel que já falam abertamente sobre uma possível bancarrota da Grécia.


Segundo a imprensa alemã, Merkel havia se reunido com altos funcionários nos últimos dias para delinear um plano de contingência para blindar o sistema bancário alemão ante um descumprimento de pagamentos da Grécia.

No fim de semana, Atenas anunciou novas medidas de austeridade para evitar o "desastre" e atenuar os rumores.

Com mais impostos e cortes, Grécia pretende angariar "2 bilhões de euros" adicionais e assim cumprir com seus compromisso de redução do déficit para 2011 e 2012 exigidos pela UE e pelo FMI para desbloquear os programas de ajuda já acordados.

A Comissão Europeia elogiou as medidas e assegurou que a Troika, composta pela Comissão, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI), "regressará à Grécia nos próximos dias".

O objetivo é concluir "até finais de setembro" um acordo para o desembolso de 8 bilhões de euros de empréstimos, de um total de 110 bilhões acordado em 2010.

Sob uma forte pressão, os ministros de Economia europeus se reunirão na sexta-feira e no sábado em Wroclaw, Polônia.

O grande tema agora é acelerar a aprovação por parte dos parlamentos dos países da Zona Euro dos pontos contemplados no segundo paquete de resgate acordado a Grécia no dia 21 de julho passado, de quase 160 bilhões de euros, e um aumento da adoção do fundo de resgate europeu.

Dos 17 países da Zona Euro, França tem sido até agora o único em aprovar esses pontos, e o processo deveria durar ainda vários meses para ser concluído por todos os sócios.

* Matéria atualizada às 13h35

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