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Europeus se mobilizam frente a crise migratória

Milhares de migrantes continuam a chegar aos portões da UE de barco, a pé, em trem ou ônibus, cruzando os Balcãs para o norte da Europa

Refugiados: o Acnur estima que 10.000 migrantes devem atravessar a fronteira ao longo do dia (Reuters / Antonio Bronic)
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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 13h22.

Os europeus realizavam nesta segunda-feira, em Bruxelas, uma nova série de reuniões, na esperança de recuperar o controle de suas fronteiras externas e acelerar o repatriamento dos imigrantes ilegais, um fluxo que não mostra nenhum sinal de diminuição.

Os ministros do Interior da União Europeia devem se reunir na parte da tarde, dois dias antes de uma cúpula de chefes de Estado e de Governo europeus e africanos em Malta, onde o foco será a aceleração do processo de repatriação de migrantes econômicos para a África.

Milhares de migrantes continuam a chegar aos portões da UE de barco, entre a costa turca e as ilhas gregas do mar Egeu e, em seguida, por ferry até o continente, mas também a pé, em trem ou ônibus, cruzando os Balcãs para o norte da Europa.

O fluxo foi interrompido por alguns dias devido à greve dos ferries gregos entre as ilhas do mar Egeu e o continente. Mas desde o fim da interrupção na sexta-feira, cerca de 15.000 imigrantes foram transportados para o porto de Piraeus.

Nesta segunda de manhã em Eidomeni, na fronteira da Macedônia, centenas de ônibus formavam uma longa fila.

"Os ônibus não param de chegar lotados de refugiados que ficaram bloqueados nos últimos dias nas ilhas gregas. A situação não é fácil, mas administrável", disse à AFP Alexander Voulgaris, um representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Ele estima que 10.000 migrantes devem atravessar a fronteira ao longo do dia.

Mais de 750.000 refugiados e imigrantes chegaram desde o início do ano na Europa, dos quais 140.000 fizeam a perigosa travessia do Mediterrâneo entre a Líbia e Itália, segundo a ONU, que espera a chegada de 600.000 pessoas nos próximos quatro meses.

Em Bruxelas, os ministros do interior da UE devem fazer um balanço do apoio financeiro prometido aos países dos Balcãs, que temem uma catástrofe humanitária com a chegada do inverno e estão comprometidos, com a Grécia, com a criação de 100.000 vagas de acolhimento.

Em Lesbos, as chegadas continuam

Divididos sobre a questão da repartição dos migrantes, os 28 países da UE concordam em reforçar o controle das fronteiras externas da UE, sobre a luta contra os traficantes e na expulsão dos migrantes ilegais.

Estas medidas de longo prazo também serão discutidas em Malta na quarta-feira e quinta-feira.

Em Bruxelas, os ministro também devem discutir uma "estratégia de comunicação" para informar os migrantes nos campos de refugiados nos países de trânsito "para que não peguem a estrada após serem manipulados por passadores", de acordo com uma fonte europeia.

O clima ameno facilita as atividades dos traficantes: na ilha grega de Lesbos, o fluxo de migrantes da Turquia não para. Um fotógrafo da AFP constatou a chegada de uma dúzia de barcos, cada um com várias dezenas de passageiros, que desembarcaram nas praias do norte da ilha.

No outro extremo da sua longa jornada, na Suécia, o governo pediu na semana passada a seus parceiros europeus a "realocação" de refugiados que chegam em seu solo.

Como a Suécia, muitos governos na Europa veem com preocupação o crescimento de partidos de extrema-direita que se aproveitam da ansiedade, e por vezes hostilidade, do eleitorado, confrontado com esta crise migratória sem precedentes desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Este é o caso da França, onde a Frente Nacional (FN, extrema-direita) espera um resultado histórico nas eleições regionais de dezembro, ou na Alemanha, onde o populista AFD reuniu cinco mil manifestantes no sábado em Berlim contra a política de acolhimento da chanceler Angela Merkel.

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Os europeus realizavam nesta segunda-feira, em Bruxelas, uma nova série de reuniões, na esperança de recuperar o controle de suas fronteiras externas e acelerar o repatriamento dos imigrantes ilegais, um fluxo que não mostra nenhum sinal de diminuição.

Os ministros do Interior da União Europeia devem se reunir na parte da tarde, dois dias antes de uma cúpula de chefes de Estado e de Governo europeus e africanos em Malta, onde o foco será a aceleração do processo de repatriação de migrantes econômicos para a África.

Milhares de migrantes continuam a chegar aos portões da UE de barco, entre a costa turca e as ilhas gregas do mar Egeu e, em seguida, por ferry até o continente, mas também a pé, em trem ou ônibus, cruzando os Balcãs para o norte da Europa.

O fluxo foi interrompido por alguns dias devido à greve dos ferries gregos entre as ilhas do mar Egeu e o continente. Mas desde o fim da interrupção na sexta-feira, cerca de 15.000 imigrantes foram transportados para o porto de Piraeus.

Nesta segunda de manhã em Eidomeni, na fronteira da Macedônia, centenas de ônibus formavam uma longa fila.

"Os ônibus não param de chegar lotados de refugiados que ficaram bloqueados nos últimos dias nas ilhas gregas. A situação não é fácil, mas administrável", disse à AFP Alexander Voulgaris, um representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Ele estima que 10.000 migrantes devem atravessar a fronteira ao longo do dia.

Mais de 750.000 refugiados e imigrantes chegaram desde o início do ano na Europa, dos quais 140.000 fizeam a perigosa travessia do Mediterrâneo entre a Líbia e Itália, segundo a ONU, que espera a chegada de 600.000 pessoas nos próximos quatro meses.

Em Bruxelas, os ministros do interior da UE devem fazer um balanço do apoio financeiro prometido aos países dos Balcãs, que temem uma catástrofe humanitária com a chegada do inverno e estão comprometidos, com a Grécia, com a criação de 100.000 vagas de acolhimento.

Em Lesbos, as chegadas continuam

Divididos sobre a questão da repartição dos migrantes, os 28 países da UE concordam em reforçar o controle das fronteiras externas da UE, sobre a luta contra os traficantes e na expulsão dos migrantes ilegais.

Estas medidas de longo prazo também serão discutidas em Malta na quarta-feira e quinta-feira.

Em Bruxelas, os ministro também devem discutir uma "estratégia de comunicação" para informar os migrantes nos campos de refugiados nos países de trânsito "para que não peguem a estrada após serem manipulados por passadores", de acordo com uma fonte europeia.

O clima ameno facilita as atividades dos traficantes: na ilha grega de Lesbos, o fluxo de migrantes da Turquia não para. Um fotógrafo da AFP constatou a chegada de uma dúzia de barcos, cada um com várias dezenas de passageiros, que desembarcaram nas praias do norte da ilha.

No outro extremo da sua longa jornada, na Suécia, o governo pediu na semana passada a seus parceiros europeus a "realocação" de refugiados que chegam em seu solo.

Como a Suécia, muitos governos na Europa veem com preocupação o crescimento de partidos de extrema-direita que se aproveitam da ansiedade, e por vezes hostilidade, do eleitorado, confrontado com esta crise migratória sem precedentes desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Este é o caso da França, onde a Frente Nacional (FN, extrema-direita) espera um resultado histórico nas eleições regionais de dezembro, ou na Alemanha, onde o populista AFD reuniu cinco mil manifestantes no sábado em Berlim contra a política de acolhimento da chanceler Angela Merkel.

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