Europa discute super pacote de 750 bilhões de euros
Encontro de dois dias em Bruxelas será o primeiro a reunir presencialmente todos os líderes dos 27 países da União Europeia desde o início da pandemia
Filipe Serrano
Publicado em 17 de julho de 2020 às 06h42.
Última atualização em 17 de julho de 2020 às 18h39.
A semana termina com as atenções voltadas para a Europa por causa de um possível acordo entre líderes da União Europeia sobre um pacote econômico de 750 bilhões de euros para ajudar o bloco europeu a se recuperar da crise causada pelo novo coronavírus.
Nesta sexta-feira (17), os líderes europeus dos 27 países-membros da União Europeia se encontram fisicamente em Bruxelas, na Bélgica, para uma reunião de dois dias para debater e acertar os detalhes do novo pacote econômico. Será a primeira reunião presencial dos governantes desde o início da pandemia.
O pacote de ajuda econômica tem dominado a agenda do bloco europeu nos últimos três meses. Na reunião desta sexta-feira e do sábado, os líderes europeus devem debater os detalhes em torno do programa econômico. Entre outros temas, estarão em discussão o tamanho exato do novo fundo de recuperação econômica e como os recursos deverão ser aplicados – se por meio de empréstimos ou subvenções.
Um grupo de quatro países, incluindo a Áustria, a Dinamarca, a Holanda e a Suécia, tem pressionado para que o fundo seja concedido na forma de empréstimos, para minimizar os impactos fiscais do novo fundo de ajuda econômica.
Por outro lado, outros países tentam garantir um acesso mais livre aos recursos com o objetivo de recuperar as suas economias da maneira mais rápida possível.
Ainda é incerto se os líderes vão conseguir chegar a um acordo já nesta reunião de cúpula ou se outro encontro terá de ser agendado mais para frente. De todo modo, os investidores observam com atenção os desdobramentos das negociações.
O novo plano econômico é visto como um ponto de virada para a União Europeia e pode levar a uma maior integração fiscal entre os países do bloco – um tema que é debatido há anos. Dessa forma, é possível que a diferença entre os juros pagos por títulos alemães e italianos, por exemplo, diminua. Será um encontro marcante para a Europa e para o mundo.