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Europa aprova sanções contra Irã no setor energético

Brasília - O Irã será submetido a mais uma série de sanções. Por decisão dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE), foi aprovada hoje (26) uma nova rodada de medidas restritivas ao Irã, desta vez destinadas aos setores de petróleo e gás, estratégico para o país. Em 9 de junho, a União Europeia […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O Irã será submetido a mais uma série de sanções. Por decisão dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE), foi aprovada hoje (26) uma nova rodada de medidas restritivas ao Irã, desta vez destinadas aos setores de petróleo e gás, estratégico para o país. Em 9 de junho, a União Europeia havia aprovado restrições que atingiam principalmente as áreas militar e comercial do Irã. As informações são da BBC Brasil.

A nova rodada de sanções tem o intuito de pressionar o governo iraniano a suspender o programa nuclear do país. Para os 27 integrantes da União Europeia, o programa põe em risco a comunidade internacional pois há suspeitas de produção de armas atômicas no Irã. As suspeitas são rebatidas pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

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Hoje, durante reunião em Bruxelas, na Bélgica, os ministros concordaram em suspender qualquer novo investimento no setor de gás e petróleo, além de aumentar a vigilância sobre os bancos iranianos e adotar restrições a voos de carga. Segundo diplomatas, as medidas são mais duras do que se havia previsto inicialmente.

As empresas europeias serão proibidas de vender para o país equipamentos para a produção e o refinamento de petróleo e gás, de investir em projetos nesse setor e de prestar assistência técnica e transferir tecnologia à indústria petrolífera iraniana.

A companhia marítima iraniana, Irisil, fica proibida de operar em águas europeias e os aviões de carga de bandeira iraniana não poderão aterrissar nos aeroportos europeus. A UE também proibirá a exportação de produtos de possível uso civil-militar e de produtos que podem ser usados para a produção de armas químicas ou biológicas, com exceção dos que são necessários para tratamentos médicos.

As restrições que incluíam o setor bancário foram ampliadas: toda transferência de valores entre 10 mil e 40 mil euros procedente de um país europeu deverá ser notificada às autoridades nacionais. As de valores superiores a 40 mil euros deverão ser previamente autorizadas.

Além disso, as companhias de seguro e instituições financeiras iranianas ficam proibidas de operar em território europeu e foi ampliada a lista de membros do governo, da Guarda Revolucionária e de empresários do país cujos bens e contas bancárias na Europa serão congelados.

Ao mesmo tempo em que oficializa novas medidas de represália, a UE também reitera seu convite às autoridades de Teerã para retomar as negociações visando a um acordo que coloque fim às preocupações da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) sobre o programa nuclear iraniano.

"Nosso objetivo é trazer o Irã de volta à mesa de negociações. Estamos estendendo a mão. Tudo o que eles têm que fazer é aceitá-la", disse o secretário do Departamento de Estado da Alemanha, Werner Hoyer, ao chegar para a reunião em Bruxelas.

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