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EUA veem ajuda à paz na Colômbia como prioridade

Trump propôs no mês passado um orçamento para o ano fiscal de 2018 que inclui drásticos cortes em várias áreas, incluindo a diplomacia

Acordo de paz: "À medida que avançamos nesse processo, estamos avaliando qual é a melhor maneira de utilizar nossos fundos de assistência para apoiar as prioridades dos EUA", disse o funcionário (Jaime Saldarriaga/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de abril de 2017 às 21h34.

Washington - Os Estados Unidos garantiram nesta segunda-feira que consideram seu apoio à implementação do processo de paz na Colômbia como uma "prioridade", e que trabalharão com o governo colombiano para manter a "eficácia" de sua assistência ao país apesar dos previstos cortes no orçamento do Departamento de Estado.

Um funcionário do Departamento de Estado, que pediu anonimato, explicou que essa agência ainda está em plena tomada de decisões sobre como repartir os fundos para o atual ano fiscal e para o próximo, no qual o presidente Donald Trump propôs cortar 31% do orçamento para diplomacia e ajuda externa.

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"À medida que avançamos nesse processo, estamos avaliando qual é a melhor maneira de utilizar nossos fundos de assistência para apoiar as prioridades dos EUA", disse o funcionário em entrevista coletiva por telefone.

"Apoiar o processo de paz na Colômbia foi tradicionalmente uma grande prioridade para os Estados Unidos. Estamos dispostos a trabalhar com o governo colombiano para assegurar-nos que nossos dólares de ajuda sejam utilizados o mais eficazmente possível", acrescentou.

Trump propôs no mês passado um orçamento para o ano fiscal de 2018 que inclui drásticos cortes em várias áreas, incluindo o Departamento de Estado, mas ainda não se decidiu que temas e regiões serão os que mais sofrerão o impacto da redução na ajuda externa, que ainda deve receber o sinal verde do Congresso.

O Congresso também não aprovou, por enquanto, os US$ 450 milhões contidos no plano "Paz Colômbia" para ajuda ao pós-conflito que foi anunciado no ano passado pelo ex-presidente Barack Obama.

O citado funcionário americano falou com a imprensa por ocasião da lembrança amanhã do Dia Internacional para a Conscientização sobre as Minas e a Assistência na Ação contra as Minas, uma data designada pela ONU.

Em 2016, os Estados Unidos dedicaram US$ 5,5 milhões a esforços humanitários de retirada de minas na Colômbia, um aumento de US$ 2 milhões em relação ao ano anterior, detalhou o funcionário.

"A retirada de minas não só tem um objetivo humanitário, mas uma dimensão de segurança nacional" que beneficia "os interesses dos Estados Unidos"; no caso da Colômbia por meio do impulso que representa à estabilidade e ao êxito "do processo de paz com as Farc", explicou o funcionário.

A Colômbia é, depois do Afeganistão, o país mais afetado pelas minas, que de 1990 até setembro do ano passado causaram 11.460 vítimas diretas, segundo dados oficiais.

A retirada de minas na Colômbia faz parte do acordo de paz assinado no ano passado entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas a maior parte das minas que há no país são artefatos explosivos improvisados, o que dificulta notavelmente o trabalho de retirá-las.

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