EUA tentam prender Polanski na Polônia
O cineasta viajou ao país para a inauguração do Museu da História dos Judeus Poloneses
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2014 às 13h49.
O governo dos Estados Unidos solicitou à Polônia a detenção de Roman Polanski, que viajou ao país para a inauguração do Museu da História dos Judeus Poloneses, informou a promotoria polonesa.
A polícia americana persegue Polanski, 81 anos, desde 1977. O diretor, que tem nacionalidade francesa e polonesa, é acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade.
O cineasta foi interrogado nesta quinta-feira pelo promotor de Cracóvia e posteriormente colocado em liberdade, anunciou um porta-voz da justiça.
Polanski apresentou garantias suficientes sobre onde está hospedado e dados de contato para que a detenção não fosse considerada necessária, afirmou a porta-voz da promotoria de Cracóvia, Boguslawa Marcinkowska.
"O promotor interrogou Roman P., que se negou a responder perguntas relacionadas com o ato do qual é acusado", disse a porta-voz.
"Ao mesmo tempo, ele se comprometeu a comparecer toda vez que for solicitado à promotoria ou ao tribunal", completou.
Segundo uma fonte do ministério da Justiça da Polônia citada pelo jornal Gazeta Wyborcza, jornal que antecipou a informação, a justiça americana pretendia obter a detenção, à espera de iniciar um processo de extradição.
O pedido teria sido rejeitado em um primeiro momento por uma questão formal, por não ter sido traduzida ao polonês, explicou Mateusz Martyniuk, porta-voz do ministério, mas o problema foi solucionado na quarta-feira à noite.
Assim, a procuradoria regional iniciou o processo solicitado por Washington, destacou Martyniuk, em um processo que "pode durar quase 10 dias e sobre o qual a opinião pública será informada".
Em 2010, Varsóvia negou a possibilidade de uma extradição porque o crime já havia prescrito, segundo a legislação polonesa.
A porta-voz da promotoria admitiu que, apesar da prescrição segundo a lei polonesa, o crime do qual o diretor é acusado (relações sexuais ilegais com uma menor), é preciso levar em consideração a colaboração com a justiça americana e que, formalmente, a extradição era "possível".
Na Polônia, a decisão cabe a um tribunal independente. No caso de permissão, a decisão final cabe ao ministro da Justiça.
"O senhor Polanski é um cidadão livre e pode viajar com liberdade", declarou à AFP Mateusz Martyniuk.
O jogo de gato e rato com a justiça americana não é novidade para Polanski.
Em 2009 ele foi detido e colocado em prisão domiciliar durante alguns meses em Zurique, para onde havia viajado para receber um prêmio, mas ele não foi extraditado.
Além disso, o diretor viajou de maneira incógnita à Polônia em 2011, sem despertar atenção. Mas desta vez foi impossível passar despercebido, por sua aparição na TV durante a inauguração do Museu Judaico na terça-feira.
O governo dos Estados Unidos solicitou à Polônia a detenção de Roman Polanski, que viajou ao país para a inauguração do Museu da História dos Judeus Poloneses, informou a promotoria polonesa.
A polícia americana persegue Polanski, 81 anos, desde 1977. O diretor, que tem nacionalidade francesa e polonesa, é acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade.
O cineasta foi interrogado nesta quinta-feira pelo promotor de Cracóvia e posteriormente colocado em liberdade, anunciou um porta-voz da justiça.
Polanski apresentou garantias suficientes sobre onde está hospedado e dados de contato para que a detenção não fosse considerada necessária, afirmou a porta-voz da promotoria de Cracóvia, Boguslawa Marcinkowska.
"O promotor interrogou Roman P., que se negou a responder perguntas relacionadas com o ato do qual é acusado", disse a porta-voz.
"Ao mesmo tempo, ele se comprometeu a comparecer toda vez que for solicitado à promotoria ou ao tribunal", completou.
Segundo uma fonte do ministério da Justiça da Polônia citada pelo jornal Gazeta Wyborcza, jornal que antecipou a informação, a justiça americana pretendia obter a detenção, à espera de iniciar um processo de extradição.
O pedido teria sido rejeitado em um primeiro momento por uma questão formal, por não ter sido traduzida ao polonês, explicou Mateusz Martyniuk, porta-voz do ministério, mas o problema foi solucionado na quarta-feira à noite.
Assim, a procuradoria regional iniciou o processo solicitado por Washington, destacou Martyniuk, em um processo que "pode durar quase 10 dias e sobre o qual a opinião pública será informada".
Em 2010, Varsóvia negou a possibilidade de uma extradição porque o crime já havia prescrito, segundo a legislação polonesa.
A porta-voz da promotoria admitiu que, apesar da prescrição segundo a lei polonesa, o crime do qual o diretor é acusado (relações sexuais ilegais com uma menor), é preciso levar em consideração a colaboração com a justiça americana e que, formalmente, a extradição era "possível".
Na Polônia, a decisão cabe a um tribunal independente. No caso de permissão, a decisão final cabe ao ministro da Justiça.
"O senhor Polanski é um cidadão livre e pode viajar com liberdade", declarou à AFP Mateusz Martyniuk.
O jogo de gato e rato com a justiça americana não é novidade para Polanski.
Em 2009 ele foi detido e colocado em prisão domiciliar durante alguns meses em Zurique, para onde havia viajado para receber um prêmio, mas ele não foi extraditado.
Além disso, o diretor viajou de maneira incógnita à Polônia em 2011, sem despertar atenção. Mas desta vez foi impossível passar despercebido, por sua aparição na TV durante a inauguração do Museu Judaico na terça-feira.