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EUA: Senado aprova fim de subsídio à indústria do etanol

A emenda também elimina uma tarifa de 54 centavos de dólar por galão às importações de etanol, uma medida que favorece o etanol brasileiro.

Etanol: maior aumento no preço do combustível foi em Rondônia, de 8,77% (Manoel Marques/VEJA)

Etanol: maior aumento no preço do combustível foi em Rondônia, de 8,77% (Manoel Marques/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 21h57.

São Paulo - O Senado americano aprovou nesta quinta-feira a eliminação do subsídio à indústria de etanol, em uma votação que teve o consenso de democratas e republicanos, para reduzir o déficit orçamentário do país.

"A indústria de etanol e de petróleo não necessita ou merece subsídios que são custosos para os contribuintes americanos, danificam nosso meio ambiente e aumentam os preços dos alimentos", disse em comunicado o senador Ben Cardin, um dos partidários da emenda a um projeto de lei sobre desenvolvimento econômico.

Os senadores aprovaram a medida com 73 votos a favor e 27 contra. No total, 33 republicanos, 38 democratas e dois independentes aprovaram o texto.

A subvenção em questão consiste em dar 45 centavos de dólar por galão (3,78 litros) às refinarias de etanol, um subsídio que representa um gasto anual de 6 bilhões de dólares.

A emenda também elimina uma tarifa de 54 centavos de dólar por galão às importações de etanol, uma medida que favorece o etanol brasileiro.

As medidas, que ainda devem ser aprovadas pela Câmara de Representantes, projetam a eliminação do subsídio a partir de 1º de julho, o que economizará ao governo dois bilhões de dólares este ano.

O governo de Barack Obama criticou a votação no Senado, alegando que este "não é o enfoque correto", a ser dado no tema dos biocombustíveis.

Em um comunicado, o secretário de Agricultura, Tom Vilsack, disse que a decisão do Senado poderá provocar a perda de empregos e gerar uma maior dependência de petróleo estrangeiro.

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