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EUA sancionam vice-presidente da Venezuela por narcotráfico

O Departamento do Tesouro americano sancionou também o empresário Samark José López Bello por ser o "testa-de-ferro" de Aissami

Maduro e Aissami: "É o resultado de uma investigação de anos relacionada com o narcotráfico", explicou o funcionário (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Maduro e Aissami: "É o resultado de uma investigação de anos relacionada com o narcotráfico", explicou o funcionário (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 22h21.

Washington - O governo dos Estados Unidos impôs nesta segunda-feira sanções econômicas contra o vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, por "exercer um papel significativo no tráfico internacional de narcóticos".

O Departamento do Tesouro americano sancionou também o empresário Samark José López Bello por ser o "testa-de-ferro" de Aissami e proporcionar "material, apoio financeiro, bens e serviços em apoio de atividades de tráfico internacional de narcóticos" ou atuar "em nome de Aissami", detalhou hoje um alto funcionário dos EUA em uma conversa por telefone com jornalistas.

A imposição destas sanções "não é uma reação" a sua nomeação como vice-presidente no último mês de janeiro, esclareceu a fonte.

"É o resultado de uma investigação de anos relacionada com o narcotráfico", explicou o funcionário, que insistiu em esclarecer que estas sanções não são uma represália diplomática contra o governo da Venezuela, mas se dirigem a dois indivíduos "exclusivamente" por seus vínculos com o narcotráfico.

"Isto mostra que averiguamos até o final, independentemente de que cargo tenha a pessoa", acrescentou.

As sanções implicam no bloqueio dos ativos dos dois indivíduos sob a jurisdição americana e impedem que cidadãos americanos possam fazer transações com eles.

A inclusão de um membro do governo da Venezuela na lista de sancionados do Tesouro dos EUA "não significa que o governo em si também está bloqueado", detalhou o Departamento em comunicado no seu site.

"No entanto, os cidadãos americanos deveriam ser cautelosos em seus tratos com o governo (venezuelano) para assegurar-se que não estão envolvidos em transações, diretas ou indiretas, com uma pessoa da lista", ressaltou a nota.

Um grupo de 34 legisladores americanos solicitou na semana passada ao presidente dos EUA, Donald Trump, que tomasse medidas imediatas para sancionar os funcionários do governo venezuelano que estão "se beneficiando" das violações de direitos humanos que, segundo eles, acontecem no país sul-americano.

"A recente nomeação por parte de Nicolás Maduro de Tareck El Aissami lhe põe na fila para possivelmente se transformar no próximo líder da Venezuela, o que é extremamente preocupante dados seus demonstrados vínculos com o narcotráfico e as organizações terroristas", afirmava a carta.

No último dia 4 de janeiro, o presidente Nicolás Maduro anunciou Aissami como novo vice-presidente de seu governo, que até esse momento era governador do estado de Aragua.

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