EUA saem do Iraque, mas problemas continuam pendentes
Disputas territoriais e a presença de grupos rebeldes e terroristas estão entre os desafios que o país precisa superar
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2011 às 10h09.
Após a retirada das tropas americanas concluída neste domingo, restarão vários problemas a serem solucionados no Iraque .
Disputas territoriais
Os curdos aceitaram a autonomia e deixaram de pedir independência, mas continuam se opondo ao poder central de Bagdá pelo controle de uma faixa de 650 km de comprimento com importantes reservas de hidrocarbonetos que cruza quatro províncias.
Rebeldes, Al-Qaeda
A insurreição sunita perdeu influência, após os Estados Unidos aliarem-se a alguns líderes tribais, mas continua havendo atentados, execuções e sequestros. Por outro lado, o "Estado Islâmico do Iraque", que inclui grupos vinculados à Al-Qaeda, realizaram graves atentados.
Tensões religiosas
Muitos iraquianos lamentam que os Estados Unidos tenha introduzido uma dimensão confessional que não existia no Iraque de Saddam Hussein, derrubado após a invasão de 2003 liderada por Washington. O atual governo, dominado por xiitas, acusa ex-partidários sunitas de Saddam Hussein de organizar conspirações e os reprime severamente.
Crise na Síria
A Síria tem 600 km de fronteira com o Iraque. Se o regime de Bashar al Assad cair, a possível chegada de milhares de refugiados ao Iraque poderia agravar os conflitos internos. Além disso, Bagdá depende muito da importação de alimentos provenientes da Síria.
Influência iraniana
O Irã foi acusado de influenciar o governo e as milícias xiitas responsáveis por atentados antiamericanos. Washington os acusa de querer formar "um governo no governo", como faz o Hezbollah libanês.
Instituições fracas e corrupção
O Iraque não tem ministro do Interior há dois anos, por não ter conseguido um compromisso entre os diferentes grupos políticos. As instituições são fracas e o Iraque é considerado um dos países mais corruptos do mundo pela Transparência Internacional, uma ONG com sede em Berlim.
Algumas províncias reclamam um estatuto de autonomia como o do Curdistão.
Segundo seu chefe de Estado Maior, as forças armadas serão incapazes de defender as fronteiras e o espaço aéreo iraquiano pelo menos até 2020.
Petróleo
O Iraque não tem uma lei que rege a produção de hidrocarbonetos, primeira fonte de receitas do país.
Problemas sociais
Um quarto da população é considerada pobre. A condição da mulher degradou-se sensivelmente desde 2003. O Iraque conta com 1,75 milhão de deslocados internos e refugiados.
Separatistas curdos
O PKK turco e o PJAK iraniano têm bases no norte iraquiano. Os exércitos turco e iraniano realizam operações militares contra eles.
Conflito com o Kuwait
As relações entre os dois países continuam sendo tensas durante a invasão iraquiana de 1990 e a guerra do Golfo de 1991. O Iraque acusa o Kuwait de bloquear sua saída para o mar, construindo um porto que cria obstáculos para suas exportações de petróleo.
Após a retirada das tropas americanas concluída neste domingo, restarão vários problemas a serem solucionados no Iraque .
Disputas territoriais
Os curdos aceitaram a autonomia e deixaram de pedir independência, mas continuam se opondo ao poder central de Bagdá pelo controle de uma faixa de 650 km de comprimento com importantes reservas de hidrocarbonetos que cruza quatro províncias.
Rebeldes, Al-Qaeda
A insurreição sunita perdeu influência, após os Estados Unidos aliarem-se a alguns líderes tribais, mas continua havendo atentados, execuções e sequestros. Por outro lado, o "Estado Islâmico do Iraque", que inclui grupos vinculados à Al-Qaeda, realizaram graves atentados.
Tensões religiosas
Muitos iraquianos lamentam que os Estados Unidos tenha introduzido uma dimensão confessional que não existia no Iraque de Saddam Hussein, derrubado após a invasão de 2003 liderada por Washington. O atual governo, dominado por xiitas, acusa ex-partidários sunitas de Saddam Hussein de organizar conspirações e os reprime severamente.
Crise na Síria
A Síria tem 600 km de fronteira com o Iraque. Se o regime de Bashar al Assad cair, a possível chegada de milhares de refugiados ao Iraque poderia agravar os conflitos internos. Além disso, Bagdá depende muito da importação de alimentos provenientes da Síria.
Influência iraniana
O Irã foi acusado de influenciar o governo e as milícias xiitas responsáveis por atentados antiamericanos. Washington os acusa de querer formar "um governo no governo", como faz o Hezbollah libanês.
Instituições fracas e corrupção
O Iraque não tem ministro do Interior há dois anos, por não ter conseguido um compromisso entre os diferentes grupos políticos. As instituições são fracas e o Iraque é considerado um dos países mais corruptos do mundo pela Transparência Internacional, uma ONG com sede em Berlim.
Algumas províncias reclamam um estatuto de autonomia como o do Curdistão.
Segundo seu chefe de Estado Maior, as forças armadas serão incapazes de defender as fronteiras e o espaço aéreo iraquiano pelo menos até 2020.
Petróleo
O Iraque não tem uma lei que rege a produção de hidrocarbonetos, primeira fonte de receitas do país.
Problemas sociais
Um quarto da população é considerada pobre. A condição da mulher degradou-se sensivelmente desde 2003. O Iraque conta com 1,75 milhão de deslocados internos e refugiados.
Separatistas curdos
O PKK turco e o PJAK iraniano têm bases no norte iraquiano. Os exércitos turco e iraniano realizam operações militares contra eles.
Conflito com o Kuwait
As relações entre os dois países continuam sendo tensas durante a invasão iraquiana de 1990 e a guerra do Golfo de 1991. O Iraque acusa o Kuwait de bloquear sua saída para o mar, construindo um porto que cria obstáculos para suas exportações de petróleo.