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EUA rejeitam proposta desastrosa da China para Hong Kong, diz Pompeo

Tensão em Hong Kong cresceu depois que a China anunciou uma nova lei de segurança nacional; Estados Unidos e União Europeia acompanham situação

Hong Kong: território conta com o apoio dos Estados Unidos (Willy Kurniawan/Reuters)
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Reuters

Publicado em 22 de maio de 2020 às 13h19.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, repreendeu a China nesta sexta-feira por sua proposta de legislação de segurança nacional para Hong Kong , qualificando-a de arbitrária e desastrosa, e dizendo que pode ter impacto no tratamento favorável dos Estados Unidos ao território.

"Os Estados Unidos repudiam a... proposta de impor unilateral e arbitrariamente uma legislação de segurança nacional a Hong Kong", disse Pompeo em comunicado.

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"Os Estados Unidos exortam fortemente Pequim a reavaliar sua proposta desastrosa, cumprir suas obrigações internacionais e respeitar o alto grau de autonomia, as instituições democráticas e as liberdades civis de Hong Kong, que são essenciais para preservar seu status especial sob a lei dos EUA".

O comunicado do principal diplomata norte-americano foi mais longe do que o alerta de quinta-feira do Departamento de Estado à China, e mostrou a rapidez com que o mundo reagiu à notícia de que a China está determinada a impor uma nova legislação de segurança nacional a Hong Kong, apesar dos protestos pró-democracia do ano passado no território.

A "Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong" dos EUA, aprovada pelo presidente Donald Trump no ano passado, exige que o Departamento de Estado certifique ao menos anualmente que Hong Kong mantém autonomia suficiente para justificar termos comerciais favoráveis dos EUA que a ajudam a manter sua posição de centro financeiro mundial.

"Qualquer decisão que interfira com a autonomia e as liberdades de Hong Kong, tal como garantidas na Declaração Conjunta Sino-Britânica e na Lei Básica, inevitavelmente impactaria nossa avaliação da (diretriz) Um País, Dois Sistemas e o status do território", disse Pompeo.

União Europeia vai monitorar tensão

O Conselho Europeu, órgão máximo da União Europeia, emitiu nota sobre as tensões entre Pequim e Hong Kong após a China anunciar que vai impor lei de segurança nacional sobre o território. O bloco pediu "respeito" à autonomia de Hong Kong, considerada ameaçada por analistas após decisão do país asiático, e disse que vai monitorar de perto a evolução do caso.

"A União Europeia tem forte participação na estabilidade e na prosperidade contínuas de Hong Kong, sob o princípio "Um país, dois sistemas", e dá grande importância à preservação do alto grau de autonomia do território", diz a nota.

Para o Conselho Europeu, as partes deveriam dialogar, por meio do "debate democrático", de forma a chegar a um consenso sobre a questão.

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