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EUA rastreiam segredos de Bin Laden e Paquistão

Casa Branca investiga como Bin Laden poderia viver tranquilamente em uma enorme casa de Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa

Soldados patrulham os arredores do esconderijo de Osama bin Laden, em Abbottabad, Paquistão (Aamir Qureshi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 19h52.

Washington - Analistas americanos rastreiam o tesouro de segredos encontrados na mansão onde Osama Bin Laden se escondia, em busca de pistas que ajudem a determinar que tipo de apoio o terrorista tinha no Paquistão, afirmou nesta terça-feira a Casa Branca.

"A exploração da informação está em marcha", disse à rede de televisão ABC o assessor do serviço de contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan, dois dias após a operação das forças especiais americanas que abateu o terrorista mais procurado do mundo.

"Vamos analisar detidamente possíveis ameaças e planos que possam estar em marcha, para nos levar a outros líderes da Al-Qaeda e sobre que tipo de sistema de apoio ele possa ter tido no Paquistão", disse.

Brennan se referia aos documentos e aos computadores, agora nas mãos dos Estados Unidos, que foram apreendidos após a operação que acabou com a vida de Bin Laden, que teve o corpo jogado ao mar, afirmam várias autoridades americanas.

O assessor acrescentou que seu país está ajudando o Paquistão a investigar como Bin Laden poderia viver tranquilamente em uma enorme casa de Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa, em um bairro no qual moram vários generais paquistaneses da reserva, e se pôde ter ajuda de dentro do governo.

"Claramente há algum tipo de rede de apoio que lhe dava assistência e ajudava a facilitar o contato entre Bin Laden e suas operações", detalhou Brennan.

Por sua vez, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse nesta terça-feira que os EUA "trabalham duro" na relação "complicada" com o Paquistão. "Estamos trabalhando muito duro nesta relação, é uma relação complicada, mas importante, que foi posta à prova de muitas maneiras em anos anteriores e inclusive neste ano", disse.


Estes comentários chegaram horas depois de vários congressitas americanos acusarem o Paquistão de negligência ou cumplicidade com Bin Laden pela tranquilidade na qual o terrorista vivia na cidade paquistanesa.

Inclusive o chefe do comitê de Relações Exteriores do Senado, John Kerry, partidário dos laços entre EUA e Paquistão, advertiu que a morte de Bin Laden demonstra como os santuários extremistas no Paquistão "seguem ameaçando as perspectivas de paz no Afeganistão".

Apesar dos chamados do Congresso americano a restringir ou cortar a ajuda ao Paquistão, Brennan defendeu a aliança de Washington com o país asiático: "Acredito que querem chegar ao final disto".

"Nossa cooperação antiterrorista com os paquistaneses é sólida", acrescentou.

"Sim, temos diferentes pontos de vista. Sim, algumas vezes nós queremos ser mais agressivos. Levamos em conta suas considerações. Mas o Paquistão é um parceiro sólido em antiterrorismo", explicou.

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Washington - Analistas americanos rastreiam o tesouro de segredos encontrados na mansão onde Osama Bin Laden se escondia, em busca de pistas que ajudem a determinar que tipo de apoio o terrorista tinha no Paquistão, afirmou nesta terça-feira a Casa Branca.

"A exploração da informação está em marcha", disse à rede de televisão ABC o assessor do serviço de contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan, dois dias após a operação das forças especiais americanas que abateu o terrorista mais procurado do mundo.

"Vamos analisar detidamente possíveis ameaças e planos que possam estar em marcha, para nos levar a outros líderes da Al-Qaeda e sobre que tipo de sistema de apoio ele possa ter tido no Paquistão", disse.

Brennan se referia aos documentos e aos computadores, agora nas mãos dos Estados Unidos, que foram apreendidos após a operação que acabou com a vida de Bin Laden, que teve o corpo jogado ao mar, afirmam várias autoridades americanas.

O assessor acrescentou que seu país está ajudando o Paquistão a investigar como Bin Laden poderia viver tranquilamente em uma enorme casa de Abbottabad, a cerca de 50 km da capital paquistanesa, em um bairro no qual moram vários generais paquistaneses da reserva, e se pôde ter ajuda de dentro do governo.

"Claramente há algum tipo de rede de apoio que lhe dava assistência e ajudava a facilitar o contato entre Bin Laden e suas operações", detalhou Brennan.

Por sua vez, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse nesta terça-feira que os EUA "trabalham duro" na relação "complicada" com o Paquistão. "Estamos trabalhando muito duro nesta relação, é uma relação complicada, mas importante, que foi posta à prova de muitas maneiras em anos anteriores e inclusive neste ano", disse.


Estes comentários chegaram horas depois de vários congressitas americanos acusarem o Paquistão de negligência ou cumplicidade com Bin Laden pela tranquilidade na qual o terrorista vivia na cidade paquistanesa.

Inclusive o chefe do comitê de Relações Exteriores do Senado, John Kerry, partidário dos laços entre EUA e Paquistão, advertiu que a morte de Bin Laden demonstra como os santuários extremistas no Paquistão "seguem ameaçando as perspectivas de paz no Afeganistão".

Apesar dos chamados do Congresso americano a restringir ou cortar a ajuda ao Paquistão, Brennan defendeu a aliança de Washington com o país asiático: "Acredito que querem chegar ao final disto".

"Nossa cooperação antiterrorista com os paquistaneses é sólida", acrescentou.

"Sim, temos diferentes pontos de vista. Sim, algumas vezes nós queremos ser mais agressivos. Levamos em conta suas considerações. Mas o Paquistão é um parceiro sólido em antiterrorismo", explicou.

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