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EUA proíbem entrada de atletas, um deles irmão de terrorista

Os atletas e o treinador não haviam atualizado seus documentos necessários para viajantes de países que não precisam de visto para entrar nos EUA

Terrorismo: Mourad Laachraoui é irmão de Najim, um dos homens-bomba que atacou o aeroporto de Bruxelas, em 22 de março de 2016 (REUTERS/Francois Lenoir)

Terrorismo: Mourad Laachraoui é irmão de Najim, um dos homens-bomba que atacou o aeroporto de Bruxelas, em 22 de março de 2016 (REUTERS/Francois Lenoir)

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AFP

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 16h22.

A Federação francófona belga de taekwondo (AFTB) anunciou nesta quarta-feira que dois de seus atletas, um deles irmão de um dos homens-bomba dos atentados de Bruxelas, em março, foram impedidos de viajar aos Estados Unidos.

Os atletas, Si Mohamed Ketbi e Mourad Laachraoui, assim como o treinador Abdelkhalak Mkadmi, não haviam atualizado seus ESTA (Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem, na sigla em inglês), documento necessário para viajantes de países que, como a Bélgica, não precisam de visto para entrar nos Estados Unidos.

Questionado pela AFP, a embaixada americana de Bruxelas não quis se pronunciar sobre o caso.

Ketbi e Laachraoui participariam do US Open, primeira competição internacional da temporada de taekwondo.

Em 25 de janeiro, pela manhã, a delegação belga fez o check-in das malas e passou pelo controle de passaportes no aeroporto de Bruxelas, de onde partiriam rumo a Las Vegas, segundo a AFBT.

"No momento do embarque, um membro da companhia informou que não poderiam embarcar no avião sem um visto regulamentário, apesar do documento não ser necessário para cidadãos belgas que viajam aos EUA", explicou a associação belga de taekwondo.

A AFBT explicou que, durante a madrugada, a federação "recebeu um e-mail com o objetivo de atualizar os ESTA" dos atletas.

Mourad Laachraoui é irmão de Najim, um dos homens-bomba que atacou o aeroporto de Bruxelas, em 22 de março de 2016.

Dois dias depois dos ataques, que deixaram 32 mortos, o atleta de taekwondo, nascido na Bélgica e de origem marroquina, condenou firmemente o crime do irmão mais velho, suspeito também de ter participado nos atentados de Paris, em 13 de novembro de 2015. "Você não escolhe sua família", disse à imprensa.

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