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EUA podem dialogar se Coreia do Norte renunciar armas nucleares

Segundo Tillerson, os EUA seguem pedindo à China que use sua influência sobre a Coreia do Norte para "criar as condições para um diálogo positivo"

Coreia do Norte: "Não pensamos em ter um diálogo que seja produtivo se os norte-coreanos chegarem à mesa assumindo que manterão as armas nucleares" (Toru Hanai/Reuters)

Coreia do Norte: "Não pensamos em ter um diálogo que seja produtivo se os norte-coreanos chegarem à mesa assumindo que manterão as armas nucleares" (Toru Hanai/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 18h55.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 11h03.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse nesta terça-feira que seu país está disposto a dialogar com a Coreia do Norte mas apenas se o regime de Pyongyang renunciar às armas nucleares

"Esperamos que, em algum momento, comecem a entender isso. Gostaríamos de nos sentar e ter um diálogo com eles sobre o futuro que lhes dê a segurança que buscam e a prosperidade econômica futura para a Coreia do Norte", afirmou Tillerson em uma entrevista coletiva no Departamento de Estado.

Por esse motivo, os EUA seguem pedindo à China que use sua influência sobre a Coreia do Norte para "criar as condições para um diálogo positivo", completou Tillerson.

"Não pensamos em ter um diálogo que seja produtivo se os norte-coreanos chegarem à mesa assumindo que manterão as armas nucleares", disse o secretário de Estado.

Tillerson, que hoje fez um balanço de seus primeiros seis meses no cargo, começou repassando os principais desafios da política externa do país e falou sobre a ameaça norte-coreana.

A estratégia desde que Tillerson chegou ao Departamento de Estado foi a "pressão pacífica" sobre o regime de Pyongyang para fazer com que eles sintam "vontade de conversar" com os EUA e outros países.

"Reafirmamos nossa posição para a Coreia do Norte. O que estamos fazendo não é buscar uma mudança de regime, nem buscar o colapso do regime. Não buscamos uma reunificação acelerada da península", indicou Tillerson.

"Não buscamos uma desculpa para enviar nossos militares ao norte do paralelo 39. Estamos tentando falar aos norte-coreanos que não somos o inimigo. Não somos uma ameaça, mas vocês estão representando uma ameaça inaceitável e nós temos que responder", completou.

O secretário de Estado afirmou que continuará com o esforço de pressão "ainda maior" sobre o regime. Tillerson disse que as opções dos EUA são "limitadas" e "não particularmente atrativas".

Para isso, os EUA pedem a ajuda da China que, pela significativa relação econômica com a Coreia do Norte, tem uma capacidade única de "pressionar e influir" o regime comunista.

"Fomos muito claros com os chineses e certamente não os culpamos pela situação na Coreia do Norte. Só os norte-coreanos são os culpados desta situação", disse Tillerson, em uma mensagem muito diferente que a enviada pelo presidente Donald Trump.

Trump afirmou no sábado que não permitirá que a China continue sem auxiliar para solucionar a situação com Pyongyang.

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