Mundo

EUA pedem à China responsabilidade e pressão em Pyongyang

Norte-americanos aproveitaram a mensagem para avisar à Coreia do Norte que manobras conjuntas com Seul continuarão

O chefe do Estado-Maior norte-americano, Mike Mullen: "China tem uma influência única" (Chad J. McNeeley/Wikimedia Commons)

O chefe do Estado-Maior norte-americano, Mike Mullen: "China tem uma influência única" (Chad J. McNeeley/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 08h01.

Seul - O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, Mike Mullen, insistiu nesta quarta-feira a partir de Seul que a China deve adotar uma postura de maior "responsabilidade" para evitar novas provocações de seu aliado norte-coreano, após o ataque de novembro à ilha sul-coreana.

Mullen, que chegou nesta quarta-feira a Coreia do Sul para uma visita de apenas 24 horas, ressaltou a importância de Pequim colaborar para conter o regime de Kim Jong-il: "China tem influência única; por isso, tem uma responsabilidade única", afirmou em entrevista coletiva.

A mensagem do chefe do Estado-Maior americano ocorreu depois que nesta segunda-feira os responsáveis de Assuntos Exteriores dos EUA, Japão e Coreia do Sul pedissem a Pequim que aproveite sua relação "especial e única" com Pyongyang e exerça maior pressão sobre o regime comunista para que cessação sua atitude "beligerante".

Além de reiterar este chamado à China, durante sua visita a Coreia do Sul o almirante Mullen reafirmou que Seul e Washington prosseguirão com suas manobras conjuntas para "dissuadir a Coreia do Norte de uma agressão e fortalecer a capacidade de resposta conjunta", segundo um comunicado do Estado-Maior sul-coreano.

O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos acordou com seu colega sul-coreano, o general Han Min-koo, redefinir a cooperação entre seus exércitos para responder "com resolução" a um eventual ataque norte-coreano.

O almirante Mullen aproveitou sua vista a Seul para condenar o ataque "não provocado e letal" de 23 de novembro à ilha fronteiriça sul-coreana de Yeonpyeong, no qual morreram dois militares e dois civis sul-coreanos, e que elevou a tensão na região ao máximo desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53).

Assim, afirmou que a "contenção não significa falta de resolução", nem a aceitação de contínuos ataques, em uma clara mensagem a Coreia do Norte, que em março torpedeou uma corveta sul-coreana e acabou com a vida de 46 marítimos, segundo Seul e seus aliados.

Os Estados Unidos querem que esta visita a Seul seja vista como uma demonstração de sua importante aliança com a Coreia do Sul, enquanto o vice-ministro sul-coreano Shin indicou que é uma "forte mensagem" a Coreia do Norte.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaCoreia do SulDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Macron pede interrupção de envio de armas a Israel para uso em Gaza

Guerra no Oriente Médio: 229 brasileiros resgatados no Líbano serão recebidos por Lula

Israel afirma estar preparando resposta ao Irã e faz novos bombardeios no Líbano

Voo de repatriação de brasileiros no Líbano chega ainda hoje em Beirute, diz FAB