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EUA não reconhecem referendo sobre independência do Curdistão

O Secretário de Estado americano, Rex Tillerson, disse que o país chama todas as partes a "dialogar" e rechaça o uso da violência

Secretário de Estado, Rex Tillerson: "A votação e os resultados carecem de legitimidade" (Yuri Gripas/Reuters)

Secretário de Estado, Rex Tillerson: "A votação e os resultados carecem de legitimidade" (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 17h29.

Última atualização em 29 de setembro de 2017 às 17h35.

Os Estados Unidos "não reconhecem" o referendo "unilateral" de independência do Curdistão iraquiano e chamam todas as partes a "dialogar" e rechaçarem o uso da violência, declarou nesta sexta-feira o secretário de Estado americano, Rex Tillerson.

"A votação e os resultados carecem de legitimidade e nós continuamos apoiando um Iraque unido, federal, democrático e próspero", afirmou Tillerson em um comunicado, no qual também assegurou que os "Estados Unidos pedem a todas as partes, inclusive os vizinhos do Iraque, para rejeitar toda medida unilateral e o uso da força".

O chefe da diplomacia americana disse estar "inquieto com as potenciais consequências negativas desta medida unilateral".

"Exortamos às autoridades curdas iraquianas a respeitarem o papel constitucional do governo central e exortamos ao governo central a rejeitar as ameaças e qualquer alusão a um possível uso da força", acrescentou Tillerson, pedindo a todos os atores que se mantenham concentrados na luta para derrotar o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Os Estados Unidos já haviam rechaçado de antemão o referendo organizado na segunda-feira no Curdistão iraquiano, considerando que poderia "aumentar a instabilidade" na região.

O "sim" à independência obteve maioria maciça na votação iniciada pelo presidente da região autônoma do Curdistão, Masud Barzani.

Embora as autoridades curdas tenham assegurado que proclamariam a independência automaticamente, Bagdá excluiu de imediato qualquer diálogo e cortou as conexões aéreas entre o Curdistão iraquiano e o exterior como forma de represália.

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