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EUA lembram sete anos do 'Katrina' com chegada de 'Isaac'

Em Nova Orleans não há tempo para atos em memória do fato, pois a cidade permanece em estado de emergência

Chuva do furacão Isaac cai sobre a Bourbon Street, em Nova Orleans: ''Isaac'' chegou na terça-feira à noite ao extremo sudeste da Louisiana (John Moore/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 20h15.

Washington - Os Estados Unidos estão recordando nesta quarta-feira o sétimo aniversário do furacão ''Katrina'', que arrasou a cidade de Nova Orleans e matou 1.800 pessoas, com a chegada do furacão ''Isaac'' ao litoral da Louisiana.

Em Nova Orleans não há tempo para atos em memória do fato, a cidade permanece em estado de emergência, confirmaram à Agência Efe as autoridades locais, e apesar da intensidade do ''Isaac'', não ser comparável à do ''Katrina'', é inevitável pensar na coincidência de outro furacão parar a cidade exatamente sete anos depois.

''Isaac'' chegou na terça-feira à noite ao extremo sudeste da Louisiana como furacão de categoria 1 causando as primeiras inundações e deixando mais de 180 mil casas sem eletricidade.

De lá, o tornado seguiu para Nova Orleans, cidade que o ''Katrina'' aniquilou.

E embora nesta tarde a tempestade tropical tenha se enfraquecido, já castigou essa região com tantas chuvas que há inundações severas.

Além disso, mesmo quando se prevê que o furacão perderá mais força, a principal preocupação dos meteorologistas e dos funcionários é o dano que pode causar ao permanecer mais tempo na área por sua passagem lenta.

O presidente dos EUA, Barack Obama, falou hoje com os governadores dos estados afetados pelo ''Isaac'' e assinalou que a data é ''um importante momento para recordar os efeitos a longo prazo que esse tipo de tempestade pode ter sobre as comunidades''.

Enquanto seu antecessor, o republicano George W. Bush, foi muito criticado pela resposta tardia de sua administração e a falta de coordenação entre as autoridades locais e federais, Obama se manteve em contato permanente com a Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).


O diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema), Craig Fugate, declarou nesta semana em entrevista coletiva: ''A maior lição que aprendemos é que temos que trabalhar juntos como uma equipe em nível estadual e federal''.

Obama ordenou à Fema que continue promovendo toda a ajuda necessária e, embora agora toda a atenção esteja sobre as localidades do litoral do Golfo do México ameaçadas pelo ''Isaac'', que vigiem as cidades do interior que possam ser afetadas por fortes ventos e chuvas nos próximos dias.

O prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, declarou desde domingo o estado de emergência, onde o centro de operações de emergência da cidade está funcionando 24 horas e os organismos municipais de segurança estão em alerta máximo.

''Estamos mais bem preparados e capacitados que nunca'', afirmou Landrieu, que pediu aos cidadãos que fiquem em casa até que o temporal, que deve deixar de 25 a 40 centímetros de chuva, passe.

Em 29 de agosto de 2005, o olho do furacão ''Katrina'' tocou o chão a partir da foz do rio Mississipi no Golfo do México, e levando ventos de cerca de 200 km/h.

Embora até então fosse um furacão de categoria 3 (na escala Saffir-Simpson de 1 a 5, sendo 5 a mais forte), as enchentes que provocou no lago Pontchartrain e nas terras baixas do delta do Mississipi causaram uma grande inundação.


O ''Katrina'' causou graves inundações ao longo da Costa do Golfo e a destruição teve custos estimados em cerca de US$ 80 bilhões, que o tornou o desastre natural mais caro da história americana.

As homenagens às vítimas foram hoje majoritariamente virtuais e se concentraram em redes sociais como o Twitter. ''Meu coração está com as famílias e os entes queridos em Nova Orleans que estão revivendo as lembranças do Katrina'' disse a analista política @tracysolomon.

Um dos problemas que mais afetaram Nova Orleans foi que os diques de contenção do lago Pontchartrain e do Delta do Mississipi se romperam e as águas inundaram 80% da cidade, causando danos em 180 mil casas.

Nestes sete anos, o governo federal investiu US$ 14,5 bilhões de dólares na segurança da cidade, especialmente para reforçar os diques e melhorar os sistemas de drenagem e evacuação de água, segundo explicou o analista ambiental do jornal ''Times-Picayune'', Mark Schleifstein, à cadeia nacional de rádio ''NPR''.

O impacto do ''Katrina'' também afetou a população de Nova Orleans, de onde cerca da metade dos 455 mil habitantes saíram, embora no último relatório do Escritório do Censo dos Estados Unidos, com dados de 2010, já tenha voltado a 343 mil.

Schleifstein, residente em Nova Orleans, diz que a cidade se recupera embora ''dependa de que parte da cidade você vê. No lado oeste, que tem mais poder, a cidade se recuperou rapidamente''.

No entanto, na parte leste, ''renda per capita é baixa e os moradores tiveram mais dificuldades para voltar imediatamente depois do ''Katrina'' para restaurar suas casas, foi mais lento''. E concluiu: ''Ainda há trabalho a fazer''.

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Washington - Os Estados Unidos estão recordando nesta quarta-feira o sétimo aniversário do furacão ''Katrina'', que arrasou a cidade de Nova Orleans e matou 1.800 pessoas, com a chegada do furacão ''Isaac'' ao litoral da Louisiana.

Em Nova Orleans não há tempo para atos em memória do fato, a cidade permanece em estado de emergência, confirmaram à Agência Efe as autoridades locais, e apesar da intensidade do ''Isaac'', não ser comparável à do ''Katrina'', é inevitável pensar na coincidência de outro furacão parar a cidade exatamente sete anos depois.

''Isaac'' chegou na terça-feira à noite ao extremo sudeste da Louisiana como furacão de categoria 1 causando as primeiras inundações e deixando mais de 180 mil casas sem eletricidade.

De lá, o tornado seguiu para Nova Orleans, cidade que o ''Katrina'' aniquilou.

E embora nesta tarde a tempestade tropical tenha se enfraquecido, já castigou essa região com tantas chuvas que há inundações severas.

Além disso, mesmo quando se prevê que o furacão perderá mais força, a principal preocupação dos meteorologistas e dos funcionários é o dano que pode causar ao permanecer mais tempo na área por sua passagem lenta.

O presidente dos EUA, Barack Obama, falou hoje com os governadores dos estados afetados pelo ''Isaac'' e assinalou que a data é ''um importante momento para recordar os efeitos a longo prazo que esse tipo de tempestade pode ter sobre as comunidades''.

Enquanto seu antecessor, o republicano George W. Bush, foi muito criticado pela resposta tardia de sua administração e a falta de coordenação entre as autoridades locais e federais, Obama se manteve em contato permanente com a Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema).


O diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema), Craig Fugate, declarou nesta semana em entrevista coletiva: ''A maior lição que aprendemos é que temos que trabalhar juntos como uma equipe em nível estadual e federal''.

Obama ordenou à Fema que continue promovendo toda a ajuda necessária e, embora agora toda a atenção esteja sobre as localidades do litoral do Golfo do México ameaçadas pelo ''Isaac'', que vigiem as cidades do interior que possam ser afetadas por fortes ventos e chuvas nos próximos dias.

O prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu, declarou desde domingo o estado de emergência, onde o centro de operações de emergência da cidade está funcionando 24 horas e os organismos municipais de segurança estão em alerta máximo.

''Estamos mais bem preparados e capacitados que nunca'', afirmou Landrieu, que pediu aos cidadãos que fiquem em casa até que o temporal, que deve deixar de 25 a 40 centímetros de chuva, passe.

Em 29 de agosto de 2005, o olho do furacão ''Katrina'' tocou o chão a partir da foz do rio Mississipi no Golfo do México, e levando ventos de cerca de 200 km/h.

Embora até então fosse um furacão de categoria 3 (na escala Saffir-Simpson de 1 a 5, sendo 5 a mais forte), as enchentes que provocou no lago Pontchartrain e nas terras baixas do delta do Mississipi causaram uma grande inundação.


O ''Katrina'' causou graves inundações ao longo da Costa do Golfo e a destruição teve custos estimados em cerca de US$ 80 bilhões, que o tornou o desastre natural mais caro da história americana.

As homenagens às vítimas foram hoje majoritariamente virtuais e se concentraram em redes sociais como o Twitter. ''Meu coração está com as famílias e os entes queridos em Nova Orleans que estão revivendo as lembranças do Katrina'' disse a analista política @tracysolomon.

Um dos problemas que mais afetaram Nova Orleans foi que os diques de contenção do lago Pontchartrain e do Delta do Mississipi se romperam e as águas inundaram 80% da cidade, causando danos em 180 mil casas.

Nestes sete anos, o governo federal investiu US$ 14,5 bilhões de dólares na segurança da cidade, especialmente para reforçar os diques e melhorar os sistemas de drenagem e evacuação de água, segundo explicou o analista ambiental do jornal ''Times-Picayune'', Mark Schleifstein, à cadeia nacional de rádio ''NPR''.

O impacto do ''Katrina'' também afetou a população de Nova Orleans, de onde cerca da metade dos 455 mil habitantes saíram, embora no último relatório do Escritório do Censo dos Estados Unidos, com dados de 2010, já tenha voltado a 343 mil.

Schleifstein, residente em Nova Orleans, diz que a cidade se recupera embora ''dependa de que parte da cidade você vê. No lado oeste, que tem mais poder, a cidade se recuperou rapidamente''.

No entanto, na parte leste, ''renda per capita é baixa e os moradores tiveram mais dificuldades para voltar imediatamente depois do ''Katrina'' para restaurar suas casas, foi mais lento''. E concluiu: ''Ainda há trabalho a fazer''.

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