Guerra em Gaza: envio de armas pode distanciar ainda mais o cessar-fogo na região de Rafah (AFP/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 15 de maio de 2024 às 07h02.
A gestão do presidente dos EUA, Joe Biden, notificou o Congresso nesta terça, 14, que estava avançando com mais de US$ 1 bilhão em novos acordos de armas para Israel, um enorme pacote de armas menos de uma semana depois que a Casa Branca interrompeu um carregamento de bombas durante um planejado ataque israelense a Rafah.
Polícia retira estudantes pró-palestinos da Universidade de GenebraO mais recente pacote de armas inclui a transferência potencial de US$ 700 milhões em munições para tanques, US$ 500 milhões em veículos táticos e US$ 60 milhões em morteiros, disseram as autoridades. Ainda existem etapas adicionais antes que as armas sejam aprovadas e entregues.
A decisão de prosseguir com o processo de aprovação sublinhou a relutância da administração Biden em aprofundar a sua divergência com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre a operação em Rafah.
Seth Blinder, especialista em vendas de armas nos EUA do Middle East Democracy Center, um instituto político em Washington, disse que a decisão da Casa Branca de prosseguir com um novo e grande pacote de armas para Israel poucos dias depois de suspender um carregamento pendente minou a sua própria tentativa de pressionar Netanyahu para repensar a condução da guerra.
Embora possa levar anos para que as armas do último pacote sejam entregues, Blinder disse que Israel poderia interpretar o prosseguimento da administração com estes acordos como um sinal de que as munições gastas na guerra em Gaza seriam reabastecidas apesar do forte desacordo sobre Rafah.