EUA estão prestes a atingir limite de endividamento
Tesouro americano adverte que país está perto do limite de US$ 14,29 trilhões, o que pode atrapalhar o funcionamento do governo
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2011 às 14h02.
Washington - Os Estados Unidos chegarão entre os dias 15 de abril e 31 de maio ao limite do endividamento autorizado pelo Congresso, US$ 14,29 trilhões, o que poderia estrangular o funcionamento da Administração.
A advertência, formulada nesta quarta-feira pela secretária assistente do Tesouro para Assuntos Financeiros, Mary Miller, coincide com o momento em que republicanos e democratas debatem no Congresso como reduzir o gasto público e aprovar orçamento que evite o "fechamento" da Administração.
Precisamente nesta quarta-feira, o Senado poderia aprovar a medida adotada na véspera pela Câmara de Representantes para dotar a Administração de fundos temporários até 18 de março, o que concede aos legisladores duas semanas mais para evitar o "fechamento".
Nesta quarta-feira, a funcionária do Tesouro indicou que as finanças públicas poderiam ver igualmente estranguladas se não for elevado o teto de endividamento fixado pelo Congresso.
O atual limite de endividamento é de US$ 14,294 trilhões, e a nova maioria republicana no Congresso, pressionada pelos simpatizantes do movimento ultraconservador Tea Party, indicou resistência a elevar a dívida nacional.
No fim de fevereiro, os Estados Unidos tinham dívida de US$ 14,14 trilhões, conforme o Escritório de Dívida Pública. Um mês antes a dívida nacional era de US$ 14 trilhões.
Alguns republicanos condicionam apoio a elevar o teto da dívida a que o presidente Barack Obama se comprometa a cortar o gasto público. Outros buscam que qualquer aumento da dívida vá acompanhado de emenda que obrigue a equilibrar o orçamento federal.
Espera-se que neste ano o Governo dos EUA incorra em déficit de US$ 1,5 trilhão.
O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse aos legisladores que o limite do endividamento não deveria ser algo utilizado pelas disputas políticas, e advertiu que se os Estados Unidos chegarem a essa barreira haveria consequências catastróficas para a economia global.