EUA enviam ajuda militar ao Líbano
O governo libanês solicitou as armas após militantes da Síria atacarem a cidade fronteiriça de Arsal no começo do mês
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2014 às 16h58.
Beirute - Os Estados Unidos têm enviado carregamentos emergenciais de armamentos para o Exército do Líbano como parte de um esforço mais amplo para combater a crescente ameaça representada por extremistas islâmicos, informaram autoridades nesta sexta-feira.
O governo libanês solicitou as armas após militantes da Síria atacarem a cidade fronteiriça de Arsal no começo do mês, matando e sequestrando soldados e policiais no maior transbordamento registrado da violência da guerra civil vizinha para dentro do pequeno país.
"Esta é apenas mais recente de uma série de entregas que chegaram nas últimas 36 horas", disse o embaixador norte-americano David Hale em um evento em uma base aérea de Beirute no qual as armas foram exibidas.
Hale afirmou que os EUA enviaram até agora 480 mísseis guiados antitanques, mais de 1,5 mil rifles M16-A4 e morteiros.
"Mais morteiros, lançadores de granadas, metralhadoras e armas antitanques devem chegar", ele disse.
O envio de armas faz parte da resposta regional ao rápido avanço do grupo extremista Estado Islâmico , que já controla diversas cidades da Síria e do Iraque e ameaça diversos aliados dos EUA.
Segundo o ministro do Interior libanês, Nohad Machnouk, Arsal ainda é uma "bomba-relógio pronta para explodir a qualquer momento".
Fotografias reveladas na internet nesta sexta-feira mostravam a decapitação de um soldado libanês que foi capturado durante a invasão a Arsal.
As imagens foram publicadas em um site dos militantes e em uma conta do Twitter administrada por apoiadores do grupo extremista Estado Islâmico, mas a autenticidade das fotos não foi confirmada pelo Exército libanês.
Antes de recuar ao território sírio após a invasão do Líbano no começo do mês, os militantes, entre eles combatentes do Estado Islâmico, sequestraram 28 soldados e policiais libaneses.
Nesta sexta-feira, eles publicaram fotos mostrando o assassinato de um deles, o sargento Ali Sayid. As fotos motivaram um protesto no norte do Líbano por parte das famílias dos reféns.
Fonte: Associated Press.