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EUA envia bombardeiros com capacidade nuclear para redondezas da Coreia do Norte

Os bombardeiros de longo alcance participaram de exercícios aéreos conjuntos com caças dos EUA e da Coreia do Sul sobre a Península Coreana

No mês passado, Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, alertou que seu país estava pronto para tomar "ações rápidas e esmagadoras" contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. (Imprensa da Cúpula Coreana//Reuters)

Publicado em 5 de abril de 2023 às 20h36.

Os Estados Unidos enviaram bombardeiros B-52 com capacidade nuclear para a Península Coreana novamente nesta quarta-feira, 5 em uma demonstração de força contra a Coreia do Norte , em meio a preocupações de que Pyongyang possa realizar um teste nuclear.

Os bombardeiros de longo alcance participaram de exercícios aéreos conjuntos com caças dos EUA e da Coreia do Sul sobre a Península Coreana, informou o Ministério da Defesa sul-coreano. Ele disse que foi o primeiro envio de bombardeiros B-52 dos EUA na península em um mês.

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Os exercícios "mostram a forte determinação da aliança Coreia (do Sul)-EUA e sua perfeita prontidão para responder a qualquer provocação da Coreia do Norte de forma rápida e esmagadora", disse o tenente-general Park Ha Sik, chefe do comando de operações da força aérea sul-coreana, em um comunicado.

Os militares sul-coreanos e americanos têm expandido seus exercícios militares combinados em resposta às ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.

A Coreia do Norte vê tais exercícios como provocações que mostram a intenção de seus rivais de atacarem o país. Um dia após o último voo de um bombardeiro B-52 para a península, em 6 de março, Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, alertou que seu país estava pronto para tomar "ações rápidas e esmagadoras" contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

Alertar o inimigo

Analistas destacaram que a Coreia do Norte poderia usar os exercícios militares como desculpa para lançar mais mísseis e talvez até para executar um teste nuclear.

A imprensa estatal norte-coreana reportou na sexta-feira que o teste com o "drone submarino de ataque nuclear", supervisionado pessoalmente pelo líder Kim Jong Un, foi realizado para "alertar o inimigo de uma verdadeira crise nuclear".

A missão do drone é "se infiltrar sigilosamente em águas operacionais e provocar um tsunami radioativo de grande escala (...) para destruir frotas ofensivas e portos operacionais importantes do inimigo", reportou a agência de notícias oficial KCNA.

A KCNA havia informado na quarta-feira que Pyongyang disparou mísseis de cruzeiro estratégicos, "equipados com uma ogiva de testes que simulava uma ogiva nuclear".

Analistas questionam as afirmações norte-coreanas, ao ressaltar que não tiveram demonstrações confiáveis de capacidade.

Mas acrescentaram que Pyongyang está avançando de simplesmente armazenar ogivas nucleares para tentar diversificar seus meios de lançamento.

Após um ano recorde de testes com armas e crescentes ameaças nucleares de Pyongyang em 2022, Seul e Washington intensificaram sua cooperação na área da segurança.

As ações norte-coreanas também levaram a Coreia do Sul e o Japão a se reaproximarem, após tensões que marcaram suas relações devido a disputas históricas, com vistas a estreitar sua cooperação de segurança.

A Coreia do Norte se proclamou no ano passado uma potência nuclear "irreversível" e o líder Kim Jong Un pediu recentemente um aumento "exponencial" na produção de armas, inclusive as de tipo nuclear tático.

Kim também ordenou semanas atrás que as forças armadas norte-coreanas intensificassem os preparativos para uma "guerra real".

(Com AFP e Estadão Conteúdo)

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