Coreia do Norte: o secretário-geral da ONU, António Guterres, já criticou o último teste norte-coreano por meio de seu porta-voz (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de março de 2017 às 21h04.
Nações Unidas - O Japão anunciou nesta segunda-feira que pediu, ao lado dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para analisar os últimos testes de mísseis balísticos da Coreia do Norte.
A reunião, que não tem data anunciada até o momento, ocorrerá a portas fechadas, como é tradicional nesse tipo de caso, indicou a missão japonesa nas Nações Unidas, em Nova York.
Os embaixadores do Conselho de Segurança estão em uma visita oficial à África, que termina amanhã. Mas hoje, o secretário-geral da ONU, António Guterres, já criticou o último teste norte-coreano por meio de seu porta-voz, Farhan Haq.
"Criticamos as continuadas violações das resoluções do Conselho de Segurança por parte da República Popular Democrática da Coreia, incluindo os lançamentos mais recentes de mísseis balísticos. A liderança norte-coreana deveria evitar novas provocações e voltar a cumprir totalmente com suas obrigações internacionais", disse Haq aos jornalistas.
A Coreia do Norte lançou hoje quatro mísseis balísticos que percorreram cerca de 1.000 quilômetros antes de cair no Mar do Leste, em águas da Zona Econômica Especial do Japão.
O teste norte-coreano ocorreu dias depois do início de uma manobra militar conjunta anual entre EUA e Coreia do Sul, que inclui exercícios aéreos, terrestres e navais. O regime de Pyongyang vê a movimentação como uma eventual invasão de seu território.
O lançamento desses mísseis é mais um de uma sequência de testes similares realizados pela Coreia do Norte nos últimos meses, todos eles criticados pela comunidade internacional.
Em fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU já tinha condenado outro lançamento desse tipo. Desde 2006, quando a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, o órgão máximo de decisões das Nações Unidas impôs ao país vários pacotes de sanções, mas o regime de Kim Jong-un continuou regularmente com as provocações.