EUA e Austrália conspiraram em 2005 contra chefe da AIEA
Documento revelado pelo WikiLeaks mostra que os dois países tentaram impedir a reeleição de Mohamed El Baradei ao cargo
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2011 às 16h18.
Washington - Os governos americano e australiano tentaram, sem êxito, impedir em 2005 a reeleição de Mohamed El Baradei à frente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo um cabo diplomático divulgado nesta terça-feira pelo WikiLeaks.
Os dois países consideravam que El Baradei era muito complacente com o programa nuclear iraniano, mas a tentativa não recebeu o apoio internacional necessário.
O despacho do Departamento de Estado, com data de 18 de fevereiro de 2005, dá conta de um almoço de trabalho de altos funcionários australianos com Jackie Sanders, então emissário americano para a proliferação. Ambas as partes discutiram sobre suas espectativas de se opôr à candidatura do egípcio El Baradei.
No cabo diplomático verifica-se também que John Carlson, na época responsável pela agência nuclear australiana, queixou-se diante de seus interlocutores sobre a gestão do responsável da AIEA e assegurou que os funcionários do órgão estavam muito desanimados.
Carlson reconheceu que no conselho de diretores da AIEA não havia uma maioria para impedir a reeleição de El Baradei.
Reeeleito em 2005 pela terceira vez consecutiva, Mohamed El Baradei foi diretor da AIEA até 2009.
Washington - Os governos americano e australiano tentaram, sem êxito, impedir em 2005 a reeleição de Mohamed El Baradei à frente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo um cabo diplomático divulgado nesta terça-feira pelo WikiLeaks.
Os dois países consideravam que El Baradei era muito complacente com o programa nuclear iraniano, mas a tentativa não recebeu o apoio internacional necessário.
O despacho do Departamento de Estado, com data de 18 de fevereiro de 2005, dá conta de um almoço de trabalho de altos funcionários australianos com Jackie Sanders, então emissário americano para a proliferação. Ambas as partes discutiram sobre suas espectativas de se opôr à candidatura do egípcio El Baradei.
No cabo diplomático verifica-se também que John Carlson, na época responsável pela agência nuclear australiana, queixou-se diante de seus interlocutores sobre a gestão do responsável da AIEA e assegurou que os funcionários do órgão estavam muito desanimados.
Carlson reconheceu que no conselho de diretores da AIEA não havia uma maioria para impedir a reeleição de El Baradei.
Reeeleito em 2005 pela terceira vez consecutiva, Mohamed El Baradei foi diretor da AIEA até 2009.