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EUA diz que Rússia dobrou presença na Ucrânia, para até 190 mil soldados

A Rússia afirmou um dia antes que estava retirando parte das tropas. Já oficiais da Ucrânia e a Otan afirmam que a retirada não é verídica

Soldado das Forças Militares da Ucrânia caminha em uma trincheira na linha de frente com separatistas apoiados pela Rússia perto de Avdiivka, Donetsk, sudeste da Ucrânia, em 9 de janeiro de 2022. (Anatolii STEPANOV/AFP)

Soldado das Forças Militares da Ucrânia caminha em uma trincheira na linha de frente com separatistas apoiados pela Rússia perto de Avdiivka, Donetsk, sudeste da Ucrânia, em 9 de janeiro de 2022. (Anatolii STEPANOV/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 17h14.

A Rússia teria quase dobrado o número de tropas ao redor da Ucrânia em duas semanas, segundo as estimativas divulgadas nesta sexta-feira, 18, por um oficial americano da Organization for Security and Cooperation in Europe (OSCE), aliança de segurança de países europeus e que inclui os Estados Unidos e a própria Rússia.

Segundo a OSCE, haveria agora entre 169.000 e 190.000 tropas na fronteira com a Ucrânia. O movimento vem dias depois de a Rússia afirmar que estava, na verdade, retirando parte das tropas da região, o que não foi confirmado.

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A informação do aumento das tropas veio do embaixador dos EUA na OSCE, Michael Carpenter. Se confirmado, o número indicado seria quase o dobro em relação aos 100.000 soldados que estavam no local em 30 de janeiro, ainda segundo as estimativas de países do Ocidente.

Potências do Ocidente, sobretudo os Estados Unidos, continuam afirmando que a Rússia está prestes a invadir a Ucrânia.

Um rumor de possível invasão marcada para a última quarta-feira, 16, chegou a ser ventilado, e a Ucrânia declarou um "dia da união" nacional como forma de resistência. A invasão, como se sabe, não aconteceu.

A Rússia afirmou um dia antes que estava retirando parte das tropas. Já oficiais da Ucrânia e a Otan, aliança militar do Ocidente, afirmam que a retirada não é verídica.

A Rússia tem negado nas últimas semanas que esteja prestes a invadir a Ucrânia, e afirma que suas tropas estão em exercícios militares comuns. Mas o país exige que a Otan pare sua expansão rumo ao leste, não aceite a Ucrânia como membro e, possivelmente, enfraqueça sua posição em países do leste europeu antiga influência soviética que já fazem parte da aliança, como os Bálticos.

A Ucrânia não é membro da Otan, de modo que, no caso de invasão Rússia, não está claro o quanto as forças de potências ocidentais interfeririam.

Pelo lado da Otan, há o temor de fazer concessões à Rússia e abrir espaço para que Vladimir Putin termine invadindo não só a Ucrânia, mas outros países do leste europeu. O conflito piorou em 2008, quando Putin invadiu a Geórgia, e em 2014, quando anexou o antigo território ucraniano da Crimeia e financiou separatistas nas regiões de Donbas, também territórios ucranianos e hoje em guerra civil.

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