Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos Estados Unidos (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2012 às 16h27.
Nova York - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse hoje que a economia de seu país deve crescer de 2% a 3% neste ano. Ele advertiu, porém, para os desafios apresentados pela incapacidade da Europa para resolver sua crise financeira e para as tensões com o Irã, a quem os EUA acusam de estar desenvolvendo um programa nuclear militar.
No quarto trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) do país subiu 2,8%, acima do avanço de 1,8% registrado no terceiro trimestre e do ganho de 1,3% no segundo trimestre. Esse foi o maior crescimento desde o segundo trimestre de 2010.
Em entrevista ao programa Fareed Zakaria GPS, da rede de televisão CNN, Geithner afirmou que as empresas e os consumidores dos EUA ainda estão se recuperando da crise financeira de 2008. "Como país, ainda temos desafios tremendos pela frente", disse o secretário. Ele minimizou as críticas feitas por entidades empresariais e integrantes do Partido Republicano, de que as empresas estão enfrentando dificuldades por causa de regulamentações adotadas pelo governo do presidente Barack Obama.
"Acho que, se você olhar para a saúde básica das empresas norte-americanas, elas estão bem mais fortes do que qualquer um poderia pensar no auge de nossa crise, e mais fortes do que muitos de nós esperávamos", disse Geithner. Ele observou que os investimentos das empresas em novos equipamentos e software estão crescendo, assim como as exportações norte-americanas.
O secretário também falou sobre impostos, tema central dos políticos que disputam a indicação do Partido Republicano para disputar a presidência com Obama na eleição de outubro. Segundo ele, o governo está estabelecendo os princípios de seu plano para reformar a legislação trabalhista dos EUA, que incluem fechar as brechas para a evasão fiscal e elevar os impostos pagos pelos mais ricos.
"Quando fizermos a reforma tributária, vamos contribuir para a redução dos déficits. Não temos a capacidade para oferecer uma redução de impostos às empresas ou ao povo americano", acrescentou. As informações são da Dow Jones.