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EUA deixarão de apoiar Sudão do Sul em caso de golpe militar

O enviado especial do governo americano para o Sudão e o Sudão do Sul, embaixador Donald Booth, continua em Juba

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 17h30.

Os Estados Unidos reiteraram aos protagonistas do conflito no Sudão do Sul, entre eles o ex-vice-presidente Riek Machar, que deixarão de dar seu apoio em caso de golpe militar, afirmou nesta quinta-feira um diplomata americano.

O enviado especial do governo americano para o Sudão e o Sudão do Sul, embaixador Donald Booth, continua em Juba, onde desde segunda-feira pede aos dirigentes sul-sudaneses para encontrar "uma solução pacífica para a crise", informou à AFP o funcionário do Departamento de Estado.

Ao repetir o que o presidente Barack Obama já tinha escrito no domingo em um comunicado, o diplomata afirmou: "dissemos claramente que qualquer tentativa de tomar o poder mediante a força militar levaria à finalização da ajuda de longo prazo que os Estados Unidos e a comunidade internacional dão".

"Continuamos chamando todas as partes no conflito para solucionar suas diferenças de forma pacífica e democrática", afirmou o funcionário americano, em alusão tanto ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, quando ao seu rival, Riek Machar.

Os Estados Unidos auspiciaram a independência do Sudão do Sul em julho de 2011 e foi em seguida o principal apoio econômico e político de Juba em seus primórdios.

Washington multiplicou nos últimos dias as pressões sobre as duas partes no conflito, após o que Machar e Kiir se comprometeram formalmente a iniciar um diálogo, embora ainda não tenham marcado uma data de início para isto.

Cerca de 400 americanos foram evacuados pelo Exército americano do Sudão do Sul, onde ficaram trinta deles, e o Pentágono mobilizou 150 marines e equipamento no vizinho Djibuti.

Os enfrentamentos, que deixaram milhares de pessoas mortas nas últimas semanas, segundo a ONU, começaram em 15 de dezembro, depois que Kiir acusou Machar de tentativa de golpe de Estado. Machar negou e acusou o presidente de querer eliminar seus rivais.

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