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EUA criam menos postos de trabalho e desemprego sobe

Informações frustraram esperanças de que a economia se recuperaria rápido

O dado pode instigar pedidos para que o Federal Reserve considere mais ações para ajudar a economia (Spencer Platt/Getty Images/AFP)

O dado pode instigar pedidos para que o Federal Reserve considere mais ações para ajudar a economia (Spencer Platt/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 13h53.

Washington - A abertura de postos de trabalho desacelerou nos Estados Unidos em junho, com o menor número de contratações em nove meses, frustrando esperanças de que a economia se recuperaria rapidamente.

A criação de vagas foi de apenas 18 mil, menor leitura desde setembro, informou nesta sexta-feira o Departamento de Trabalho. Economistas esperavam aumento de pelo menos 90 mil postos.

A taxa de desemprego subiu para a máxima em seis meses, de 9,2 por cento, ante 9,1 por cento em maio.

"A mensagem sobre a economia é de estagnação", disse Pierre Ellis, economista sênior do Decision economics, em Nova York.

Wall Street recuou diante dos dados, enquanto o preços dos Treasuries avançou.

O governo revisou os dados de abril e maio para mostrar a criação de menos 44 mil empregos que o inicialmente informado. Os dados afetaram as expectativas de que a economia estava começando a ganhar força depois de um ritmo fraco na primeira metade do ano.

O dado pode instigar pedidos para que o Federal Reserve considere mais ações para ajudar a economia.

"Isso confirma nossa visão de que o Fed vai continuar mantendo as taxas de juros até 2012 e, se o emprego fraco continuar, deve ser forçado a ir além", afirmou Tom Porcelli, economista-chefe do RBC Capital Markets, em Nova York.

O dado é um golpe para o governo Obama, que tem tido dificuldades para fazer a economia criar empregos suficientes para absorver os 14,1 milhões de norte-americanos desempregados.

A economia precisa criar entre 125 mil e 150 mil novos empregos por mês apenas para absorver a nova força de trabalho.

O setor privado acrescentou 57 mil empregos no mês passado, enquanto o governo cortou 39 mil devido a problemas fiscais.


Os detalhes do relatório mostraram uma fraqueza generalizada, embora as contratações no setor fabril tenham se recuperando, somando 6 mil, após se contraírem em maio pela primeira vez em sete meses. A recuperação refletiu um aumento na produção de veículos automotores.

O setor de contrução fechou 9 mil vagas no mês passado, após as 4 mil demissões de maio. O emprego no setor público declinou pelo oitavo mês seguido, conforme os governos municipais e estaduais continuaram cortando vagas para equilibrar seus orçamentos.

O relatório também mostrou que a média semanal de trabalho caiu para 34,3 horas, ante 34,4 horas. Os empregadores têm estado relutantes em ampliar as horas trabalhadas por conta da incerteza que ainda ronda a recuperação.

A média salarial por hora caiu um centavo de dólar, primeira baixa desde novembro e mais uma evidência de que a inflação provocada pela renda não é um risco. No ano passado, os salários cresceram apenas 1,9 por cento.

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