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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
A economia dos Estados Unidos cresceu no primeiro trimestre no menor ritmo dos últimos dois anos. O motivo: o alto custo dos combustíveis, que reduziu o consumo das famílias e das empresas e ampliaram o déficit comercial. O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 3,1% ao ano entre janeiro e março, abaixo da média das projeções, que indicavam avanço de 3,5%, de acordo com reportagem do americano The Wall Street Journal. Desempenho pior do que este foi registrado no primeiro trimestre de 2003 (1,9% ao ano).
O consumo das famílias cresceu 3,5%, também abaixo do aumento (4,2%) no último trimestre de 2004. A demanda por bens duráveis manteve-se estável, depois de crescer 3,9%. Os investimentos das empresas tiveram um acréscimo de 4,7%, depois de avançar 14,5% no final do ano passado. Especificamente o dispêndio com equipamentos e software registrou a menor marca em dois anos o que contraria a tendência global de ampliação desse tipo de gasto.
As importações americanas cresceram 14,7%, enquanto as exportações avançaram 7%. O motor dessa disparidade, segundo The Wall Street Journal, são as cotações internacionais de petróleo e derivados. O descompasso no fluxo de comércio subtrai da taxa de crescimento do PIB quase 1,5 ponto percentual.
A incerteza perdura quando se observa a inflação. As medições da evolução dos preços são desencontradas. O índice mais amplo de inflação apontou alta de 3,3% dos preços da economia americana. É o maior resultado desde o primeiro trimestre de 2001. Mas a inflação ao consumidor foi de 2,1%, menor que a registrada (2,7%) entre outubro e dezembro do ano passado. "A incerteza é muita, particularmente em relação à duração e magnitude tanto da desaceleração do crescimento quanto da aceleração dos núcleos de inflação", diz ao jornal americano o economsita Joshua Shapiro.