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EUA consideraram cavar túnel debaixo da casa de Bin Laden

Segunda a revista The New Yorker, a opção foi descartada pois seria impossível construir o túnel discretamente

Casa de Osama bin Laden em Abbottabad, Paquistão: terreno inundável (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 15h24.

Washington - Os Estados Unidos consideraram a possibilidade de cavar um túnel debaixo da residência de Osama bin Laden no Paquistão antes de decidir transportar seus comandos de helicóptero, informou nesta segunda-feira a revista The New Yorker sobre a operação que matou o líder da Al-Qaeda.

Durante a preparação da operação, os altos funcionários americanos que a planejaram consideraram uma série de cenários, conta o jornalista Nicholas Schmidle, que se reuniu com vários responsáveis da administração Obama e membros da Navy Seals que dirigiram o comando que atacou em maio a casa de Bin Laden.

Um deles consistia em cavar um túnel que desembocara no recinto da residência do chefe da Al-Qaeda em Abbottabad. Mas essa opção foi considerada irrealizável: imagens de satélite mostravam que a região era inundável e que a água fluiria sem dúvida para a superfície, tornando impossível a construção discreta de um túnel.

Outra opção, defendida pelo então secretário da Defesa, Robert Gates, e pelo vice-chefe de Estado Maior conjunto, general James Cartwright, era realizar uma incursão aérea com ajuda de bombardeios furtivos B2.

Teria sido necessário lançar 32 bombas guiadas de 1.000 kg para assegurar que penetrariam em 10 m do solo e destruiriam um eventual bunker subterrâneo, segundo a New Yorker.

"A detonação de tal quantidade de explosivos teria se equiparado a um terremoto", admitiu o general Cartwright à revista, o que fez com que o presidente Barack Obama a descartasse.

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Um deles consistia em cavar um túnel que desembocara no recinto da residência do chefe da Al-Qaeda em Abbottabad. Mas essa opção foi considerada irrealizável: imagens de satélite mostravam que a região era inundável e que a água fluiria sem dúvida para a superfície, tornando impossível a construção discreta de um túnel.

Outra opção, defendida pelo então secretário da Defesa, Robert Gates, e pelo vice-chefe de Estado Maior conjunto, general James Cartwright, era realizar uma incursão aérea com ajuda de bombardeios furtivos B2.

Teria sido necessário lançar 32 bombas guiadas de 1.000 kg para assegurar que penetrariam em 10 m do solo e destruiriam um eventual bunker subterrâneo, segundo a New Yorker.

"A detonação de tal quantidade de explosivos teria se equiparado a um terremoto", admitiu o general Cartwright à revista, o que fez com que o presidente Barack Obama a descartasse.

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