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EUA consideram Rússia responsável por ataque a comboio

"Pode haver apenas dois responsáveis, o regime sírio ou o governo russo", disse o assessor de Segurança Nacional da presidência


	Ajuda humanitária: "consideramos que o governo russo é o responsável pelos ataques aéreos nesta zona"
 (Ammar Abdullah/Reuters)

Ajuda humanitária: "consideramos que o governo russo é o responsável pelos ataques aéreos nesta zona" (Ammar Abdullah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2016 às 21h01.

Os Estados Unidos consideram a Rússia responsável pelo ataque aéreo contra um comboio de ajuda humanitária que matou 20 pessoas na Síria, informou nesta terça-feira o assessor de Segurança Nacional da presidência, Ben Rhodes.

"Pode haver apenas dois responsáveis, o regime sírio ou o governo russo", disse Rhodes.

"Em qualquer caso, consideramos que o governo russo é o responsável pelos ataques aéreos nesta zona".

O ataque ao comboio "representa claramente uma enorme tragédia humanitária que deve ser condenada. É um fato escandaloso".

Ao ser perguntado sobre o impacto do ataque no processo diplomático em curso na Síria, Rhodes considerou que ele poderá provocar "sérias dúvidas", mas rejeitou "fechar a porta" ao prosseguimento das negociações de paz.

Antes da declaração de Rhodes, um funcionário americano já havia informado à AFP sobre a posição de Washington atribuindo a Moscou o ataque ao comboio humanitário.

Dois aviões SU-24 estavam operando na área onde o comboio humanitário foi atacado na segunda-feira, na região de Aleppo, segundo o funcionário.

"A melhor avaliação que temos é que os russos realizaram o ataque", revelou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

A ONU informou que 18 caminhões de um comboio de 31 veículos de ajuda humanitária foram destruídos quando seguiam para o povoado sírio de Orum al-Kubra.

A Rússia reagiu energicamente às acusações de que realizou o ataque e o regime em Damasco também negou qualquer envolvimento com o incidente.

Washington e Moscou planejavam coordenar ataques contra o grupo Estado Islâmico na Síria caso a recente trégua resistisse sete dias, mas tal objetivo está bloqueado diante do fracasso do cessar-fogo.

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