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EUA assumem total responsabilidade por vazamentos, diz Tillerson

O secretário de Estado dos Estados Unidos lamentou os vazamentos de informações sobre o atentado em Manchester

Rex Tillerson: segundo ele, a "relação especial que existe entre os dois países" resistirá ao episódio (Chip Somodevilla/Getty Images)

Rex Tillerson: segundo ele, a "relação especial que existe entre os dois países" resistirá ao episódio (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 26 de maio de 2017 às 11h03.

Última atualização em 26 de maio de 2017 às 11h04.

Londres - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse nesta sexta-feira em Londres que o seu país assume "total responsabilidade" pelos vazamentos feitos para a imprensa americana sobre o atentado em Manchester e que "lamenta" o ocorrido.

Tillerson fez essas declarações após um encontro na capital britânica com o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, após o conflito gerado pela revelação aos veículos de comunicação de informações e imagens cruciais sobre o ataque de segunda-feira, que deixou 22 mortos e 64 feridos, e cujas investigações seguem em curso.

"Esta relação especial que existe entre os dois países resistirá, sem sombra de dúvida, a este evento particular e infeliz", afirmou o secretário americano em sua primeira visita oficial ao Reino Unido.

Tillerson foi recebido pelo chefe da diplomacia britânica, com quem analisou diversos assuntos de interesse comum, como as situações em "Síria, Iraque e Coreia do Norte", informou o Ministério britânico em comunicado.

A viagem de Tillerson acontece após a polêmica gerada pelo vazamento por parte do governo de Donald Trump de informações secretas e cruciais sobre o atentado cometido na cidade do norte da Inglaterra na segunda-feira passada.

O jornal "The New York Times" publicou na quarta-feira passada imagens que mostravam partes dos explosivos utilizados no ataque e, anteriormente, fontes americanas revelaram à imprensa desse país detalhes cruciais da pesquisa, como a identidade do terrorista.

Em declarações aos meios de comunicação locais, Johnson agradeceu hoje a Tillerson esta visita "em um ato instintivo de solidariedade" entre ambos os países.

O político conservador também se referiu ao comparecimento hoje em um evento de campanha do líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, no qual este estabelece vínculos entre o envolvimento britânico em conflitos no exterior com as ações terroristas cometidas no país.

O chefe da diplomacia britânica considerou o discurso de Corbyn como "absolutamente monstruoso" devido a seu contexto.

"Este é um momento em que deveríamos nos unir para derrotar essas pessoas (os terroristas), e podemos fazê-lo e o faremos, não só no Iraque e na Síria, mas, certamente, na batalha dos corações e das mentes", afirmou Johnson.

Com relação aos terroristas, o ministro britânico indicou que "estão equivocados na sua maneira de ver o mundo como uma corrupção e uma perversão do Islã".

"Mas agora não é o momento de fazer nada para diminuir a responsabilidade fundamental desses indivíduos, e desse indivíduo em particular - o terrorista suicida Salman Abedi - que cometeu essa atrocidade e acredito que é absolutamente monstruoso que alguém busque fazê-lo", acrescentou Johnson.

Tillerson e Johnson também assinaram em um livro de condolências pelas vítimas do ataque na residência oficial em Londres do titular do Foreign Office.

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