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EUA anunciam nova tentativa de resolver crise no Egito

País afirmou que vai trabalhar com outras nações para tentar resolver pacificamente a crise no país

Máscaras com o rosto do presidente deposto do Egito Mohamed Mursi fotografadas na praça Rabaa Adawiya, onde membros da Irmandade Muçulmana estão acampados (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 20h57.

Cairo - Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira que vão trabalhar com outras nações para tentar resolver pacificamente a crise no Egito , onde apoiadores da Irmandade Muçulmana continuam contestando a deposição do presidente Mohamed Mursi.

Um dia depois de dizer que o Exército havia restaurado a democracia ao derrubar Mursi, o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, pediu às autoridades egípcias que deem espaço aos manifestantes para protestarem em paz.

"Vamos trabalhar muito arduamente com outros a fim de reunir as partes para encontrar uma resolução pacífica que faça a democracia crescer e respeite os direitos de todos", disse Kerry antes de se reunir em Londres com o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed.

A reunião pareceu sinalizar um novo esforço diplomático para conter uma crise que matou 300 pessoas desde 3 de julho, quando o Exército derrubou Mursi em resposta a manifestações multitudinárias contra o governo dele.

Os partidários de Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, promovem acampamentos e protestos desde então, e no fim de semana 80 deles morreram em confronto com o Exército.

A União Europeia já está tentando mediar a crise, e a nova ofensiva ocidental terá a ajuda dos Emirados Árabes para trabalhar com o governo provisório instituído pelo Exército e do Catar, que apoiava o governo Mursi, para manter contatos com a Irmandade.

Analistas dizem que os membros civis do gabinete provisório estão tentando promover uma solução política, apesar da resistência dos serviços de segurança que preferem reprimir os protestos da Irmandade.

O vice-presidente do governo provisório, Mohamed ElBaradei, disse ser favorável a negociações com a Irmandade, mas admitiu que essas posição não é consensual.

"As pessoas estão muito irritadas comigo porque estou dizendo: ‘Vamos dar um tempo, vamos conversar com eles'. O ambiente agora é: ‘Vamos esmagá-los, não vamos conversar com eles'", afirmou ElBaradei.

"Espero que a Irmandade entenda que o tempo não está ao lado deles. Estou segurando as pontas, mas não posso segurar por muito tempo." Houve novos confrontos envolvendo seguidores de Mursi e policiais perto de um complexo de estúdios de TV nos arredores do Cairo. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que, segundo a imprensa, tentava invadir o local. Pelo menos sete manifestantes e dois policiais ficaram feridos.

A TV estatal disse que o Ministério do Interior vai impor um cordão em torno de duas grandes mobilizações pró-Mursi nas próximas 48 horas e que a polícia prefere não dissolver os protestos à força.

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Cairo - Os Estados Unidos afirmaram nesta sexta-feira que vão trabalhar com outras nações para tentar resolver pacificamente a crise no Egito , onde apoiadores da Irmandade Muçulmana continuam contestando a deposição do presidente Mohamed Mursi.

Um dia depois de dizer que o Exército havia restaurado a democracia ao derrubar Mursi, o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, pediu às autoridades egípcias que deem espaço aos manifestantes para protestarem em paz.

"Vamos trabalhar muito arduamente com outros a fim de reunir as partes para encontrar uma resolução pacífica que faça a democracia crescer e respeite os direitos de todos", disse Kerry antes de se reunir em Londres com o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed.

A reunião pareceu sinalizar um novo esforço diplomático para conter uma crise que matou 300 pessoas desde 3 de julho, quando o Exército derrubou Mursi em resposta a manifestações multitudinárias contra o governo dele.

Os partidários de Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, promovem acampamentos e protestos desde então, e no fim de semana 80 deles morreram em confronto com o Exército.

A União Europeia já está tentando mediar a crise, e a nova ofensiva ocidental terá a ajuda dos Emirados Árabes para trabalhar com o governo provisório instituído pelo Exército e do Catar, que apoiava o governo Mursi, para manter contatos com a Irmandade.

Analistas dizem que os membros civis do gabinete provisório estão tentando promover uma solução política, apesar da resistência dos serviços de segurança que preferem reprimir os protestos da Irmandade.

O vice-presidente do governo provisório, Mohamed ElBaradei, disse ser favorável a negociações com a Irmandade, mas admitiu que essas posição não é consensual.

"As pessoas estão muito irritadas comigo porque estou dizendo: ‘Vamos dar um tempo, vamos conversar com eles'. O ambiente agora é: ‘Vamos esmagá-los, não vamos conversar com eles'", afirmou ElBaradei.

"Espero que a Irmandade entenda que o tempo não está ao lado deles. Estou segurando as pontas, mas não posso segurar por muito tempo." Houve novos confrontos envolvendo seguidores de Mursi e policiais perto de um complexo de estúdios de TV nos arredores do Cairo. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que, segundo a imprensa, tentava invadir o local. Pelo menos sete manifestantes e dois policiais ficaram feridos.

A TV estatal disse que o Ministério do Interior vai impor um cordão em torno de duas grandes mobilizações pró-Mursi nas próximas 48 horas e que a polícia prefere não dissolver os protestos à força.

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