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ETA entra na campanha eleitoral apoiando o separatismo basco

A organização se dispôs a negociar uma entrega de armas com o governo espanhol sob a condição de que presos bascos sejam libertados

Homem lê a edição desta sexta-feira do jornal basco Gara, com entrevista com dois membros do ETA (Rafa Rivas/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2011 às 10h31.

San Sebastían - A organização armada ETA entrou nesta sexta-feira na campanha para as legislativas de 20 de novembro na Espanha, defendendo o projeto da esquerda separatista basca em suas primeiras declarações depois do recente anúncio do fim de sua campanha de violência.

Em uma entrevista ao jornal separatista basco Gara, dois chefes do ETA anunciaram sua disposição de negociar uma entrega de armas com o governo espanhol que vencer as eleições, apesar de estabelecer que este processo deve ser acompanhado pela "volta para casa de todos os presos e presas bascos".

"Qualquer outra opção só pode ser por propósitos de vingança ou por interesses políticos particulares, mas não se pretende construir uma solução firme e duradoura. Alguém pode imaginar a paz com as prisões da Espanha e França cheias de presos políticos bascos?", indagaram os porta-vozes.

Afastada da política desde que, em 2003, a justiça espanhola tornou ilegal o Batasuna - braço político do ETA -, a esquerda radical basca consegui um êxito nas eleições municipais de maio passado, quando, sob o nome Bildu, obteve 25% dos votos no País Basco e uma prefeitura importante como a de San Sebastián.


O separatismo político basco iniciou há um ano um processo de distanciamento público da violência, que permitiu sua participação eleitoral e resultou no anúncio do fim dos atentados do ETA.

Muito enfraquecido pelos duros golpes policiais nos últimos anos, o ETA, responsável por 829 mortes em mais de 40 anos, desde agosto de 2009 deixou de cometer atentados na Espanha.

E, há três semanas, o ETA anunciou o "fim definitivo de sua atividade armada" e convidou Espanha e França a "abrir um processo de diálogo direto que tenha por objetivo a resolução das consequências do conflito e, assim, a superação do confronto armado".

No entanto, em nenhum momento se referiu a seus arsenais, a uma eventual entrega de armas, nem à sua dissolução.

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Em uma entrevista ao jornal separatista basco Gara, dois chefes do ETA anunciaram sua disposição de negociar uma entrega de armas com o governo espanhol que vencer as eleições, apesar de estabelecer que este processo deve ser acompanhado pela "volta para casa de todos os presos e presas bascos".

"Qualquer outra opção só pode ser por propósitos de vingança ou por interesses políticos particulares, mas não se pretende construir uma solução firme e duradoura. Alguém pode imaginar a paz com as prisões da Espanha e França cheias de presos políticos bascos?", indagaram os porta-vozes.

Afastada da política desde que, em 2003, a justiça espanhola tornou ilegal o Batasuna - braço político do ETA -, a esquerda radical basca consegui um êxito nas eleições municipais de maio passado, quando, sob o nome Bildu, obteve 25% dos votos no País Basco e uma prefeitura importante como a de San Sebastián.


O separatismo político basco iniciou há um ano um processo de distanciamento público da violência, que permitiu sua participação eleitoral e resultou no anúncio do fim dos atentados do ETA.

Muito enfraquecido pelos duros golpes policiais nos últimos anos, o ETA, responsável por 829 mortes em mais de 40 anos, desde agosto de 2009 deixou de cometer atentados na Espanha.

E, há três semanas, o ETA anunciou o "fim definitivo de sua atividade armada" e convidou Espanha e França a "abrir um processo de diálogo direto que tenha por objetivo a resolução das consequências do conflito e, assim, a superação do confronto armado".

No entanto, em nenhum momento se referiu a seus arsenais, a uma eventual entrega de armas, nem à sua dissolução.

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