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Estudo mostra que talibãs não são aliados ideológicos da Al-Qaeda

Segundo especialistas, houve uma cisão entre líderes dos dois grupos antes dos ataques do 11/9

Militantes talibãs: líderes do movimento não foram avisados dos atentados aos EUA (Majid Saeedi/Getty Images/Getty Images)

Militantes talibãs: líderes do movimento não foram avisados dos atentados aos EUA (Majid Saeedi/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 10h00.

Washington - Dois especialistas americanos publicaram um estudo no qual indicam que os talibãs afegãos foram erroneamente percebidos como aliados ideológicos da Al-Qaeda, informou o jornal New York Times na noite de domingo.

O diário cita os autores de um estudo publicado nesta segunda-feira pela Universidade de Nova York, que diz ser possível negociar com o grupo guerrilheiro para desvinculá-lo da Al-Qaeda.

Segundo o NYT, a tese afirma que houve importantes atritos entre os líderes dos dois grupos antes dos ataques de 11 de setembro de 2001, e que a hostilidade se intensificou desde então. Além disso, aponta que os líderes talibãs não foram avisados previamente dos atentados nos Estados Unidos, e aparentemente foram manipulados por Osama bin Laden.

Os autores, Alex Strick van Linschoten e Felix Kuehn, trabalham no Afeganistão há dois anos, e consideram que a intensificação das operações militares contra os talibãs dificultará a saída da guerra.

O documento, entitulado "Separando os talibãs da Al-Qaeda: o núcleo do êxito no Afeganistão", diz que os ataques os comandos talibãs e os líderes provinciais só servirá para abrir o movimento a elementos mais jovens e radicais,.

Por isso, os autores propõem que os Estados Unidos negociem com os líderes talibãs mais veteranos, antes de que estes percam o controle do movimento.

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