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Estudo mostra que florestas absorvem 1/3 do CO2 emitido

Segundo cientista, se o desmatamento fosse suspenso hoje, essa participação passaria a 50%

Vista aérea da Amazônia: as florestas do planeta absorvem 2,4 bilhões de toneladas de carbono por ano (Antonio Scorza/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 10h57.

Paris - As florestas do mundo absorvem um terço do CO2 emitido pelos combustíveis fósseis na atmosfera, segundo um estudo internacional que alerta paralelamente para as consequências dramáticas do desmatamente no contexto do aquecimento global.

"Se amanhã suspendermos o desmatamento, as florestas existentes e aquelas em estado de reconstituição absorverão a metade das emissões de combustíveis fósseis", ressaltou Pep Canadell, co-autor do estudo divulgado pela revista americana Science.

As florestas do planeta absorvem 2,4 bilhões de toneladas de carbono por ano, segundo este primeiro estudo com dados das contribuições das florestas boreais, tropicais e das regiões temperadas para o ciclo do carbono.

O desflorestamento é responsável pela emissão de 2,9 bilhões de toneladas por ano, ou seja, cerca de 26% do total das emissões. Apenas as emissões de combustíveis fósseis atingem mais 8 bilhões de toneladas por ano.

Os dados, relativos ao período 1990-2007, foram reunidos durante dois anos por uma equipe internacional de pesquisadores especialistas em aquecimento global.

O estudo mostrou pela primeira vez que nas regiões tropicais o volume de carbono emitido devido ao desflorestamento foi contrabalançado pelo absorvido pelas florestas primárias intactas, tendo no final um balanço de carbono quase nulo. Os pesquisadores indicaram que as emissões de CO2 durante o desflorestamento foram compensadas pela absorção de CO2 pela regeneração das florestas secundárias nas regiões onde a agricultura foi abandonada.

Segundo Canadell, duas lições principais podem ser tiradas deste estudo.

"As florestas não são apenas enormes reservatórios de carbono, mas absorvem também ativamente o CO2 produzido pelas atividades humanas. As florestas também assumem cada vez mais a dianteira em uma estratégia para proteger nosso clima," segundo ele.

A segunda lição mostra que é possível obter ganhos econômicos com uma gestão melhor das florestas, aproveitando principalmente benefícios com a redução do desflorestamento bem "maiores que o que se pensava". Ele frisou principalmente o aspecto financeiro do mercado do carbono e as compensações previstas no mecanismo REDD+ (Redução das emissões devidos ao desflorestamento e à degradação das florestas).

Esse mecanismo foi adotado formalmente na conferência da ONU sobre o clima em Cancun (México) no final de 2010. Ele tem como objetivo estimular os países que têm florestas tropicais a evitar desflorestá-las ou a administrá-las de maneira durável, obtendo compensações financeiras.

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Paris - As florestas do mundo absorvem um terço do CO2 emitido pelos combustíveis fósseis na atmosfera, segundo um estudo internacional que alerta paralelamente para as consequências dramáticas do desmatamente no contexto do aquecimento global.

"Se amanhã suspendermos o desmatamento, as florestas existentes e aquelas em estado de reconstituição absorverão a metade das emissões de combustíveis fósseis", ressaltou Pep Canadell, co-autor do estudo divulgado pela revista americana Science.

As florestas do planeta absorvem 2,4 bilhões de toneladas de carbono por ano, segundo este primeiro estudo com dados das contribuições das florestas boreais, tropicais e das regiões temperadas para o ciclo do carbono.

O desflorestamento é responsável pela emissão de 2,9 bilhões de toneladas por ano, ou seja, cerca de 26% do total das emissões. Apenas as emissões de combustíveis fósseis atingem mais 8 bilhões de toneladas por ano.

Os dados, relativos ao período 1990-2007, foram reunidos durante dois anos por uma equipe internacional de pesquisadores especialistas em aquecimento global.

O estudo mostrou pela primeira vez que nas regiões tropicais o volume de carbono emitido devido ao desflorestamento foi contrabalançado pelo absorvido pelas florestas primárias intactas, tendo no final um balanço de carbono quase nulo. Os pesquisadores indicaram que as emissões de CO2 durante o desflorestamento foram compensadas pela absorção de CO2 pela regeneração das florestas secundárias nas regiões onde a agricultura foi abandonada.

Segundo Canadell, duas lições principais podem ser tiradas deste estudo.

"As florestas não são apenas enormes reservatórios de carbono, mas absorvem também ativamente o CO2 produzido pelas atividades humanas. As florestas também assumem cada vez mais a dianteira em uma estratégia para proteger nosso clima," segundo ele.

A segunda lição mostra que é possível obter ganhos econômicos com uma gestão melhor das florestas, aproveitando principalmente benefícios com a redução do desflorestamento bem "maiores que o que se pensava". Ele frisou principalmente o aspecto financeiro do mercado do carbono e as compensações previstas no mecanismo REDD+ (Redução das emissões devidos ao desflorestamento e à degradação das florestas).

Esse mecanismo foi adotado formalmente na conferência da ONU sobre o clima em Cancun (México) no final de 2010. Ele tem como objetivo estimular os países que têm florestas tropicais a evitar desflorestá-las ou a administrá-las de maneira durável, obtendo compensações financeiras.

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