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Estes são os países mais e menos pacíficos do mundo em 2019

Pela 1ª vez em cinco anos, aumenta o nível de paz no mundo, mostrou a edição 2019 do Índice Global da Paz; veja o ranking dos países mais e menos pacíficos

Marcas do conflito armado em Donetsk, leste da Ucrânia: redução na violência causada pelo conflito ajudou a melhorar os níveis de paz no mundo (Valentin Sprinchak / Contributor/Getty Images)

Gabriela Ruic

Publicado em 12 de junho de 2019 às 01h05.

Última atualização em 20 de novembro de 2019 às 11h45.

São Paulo – Pela primeira vez em cinco anos, os níveis de paz aumentaram em todo o mundo. É o que mostrou a 13ª edição do relatório anual Índice Global da Paz (GPI), abrangente estudo conduzido pelo Instituto de Economia e Paz divulgado nesta quarta-feira, 12.

Apesar da boa notícia, a melhora acontece num contexto de deterioração da pacificidade, que caiu 4% desde 2008. O estudo estima, ainda, que os impactos econômicos da violência na economia global seja equivalente a 11,2% do PIB mundial, sendo o percentual atual a primeira redução registrada desde 2012.

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“Desde 2014, estávamos observando um aumento significativo de conflito e violência mundo afora, como a guerra na Síria e o conflito armado na Ucrânia ”, explicou a EXAME Steve Killelea, pesquisador-chefe do estudo, “e essas foram notícias muito ruins. Neste ano, no entanto, o maior destaque é justamente a melhora nos níveis de paz”.

Apesar da desaceleração das instabilidades nestes locais, até então considerados os menos pacíficos do mundo, os índices de violência aumentaram em outras partes do planeta, como na América Latina . Se no Oriente Médio e na Eurásia, as tensões eram causadas por atividades terroristas e conflitos armados, são as instabilidades políticas e a violência relacionada ao tráfico de drogas os fatores de maior impacto nos países latino-americanos.

“Ainda é cedo para dizer que o mundo está mais pacífico, mas vemos como positiva a redução nas mortes ligadas ao terrorismo e às guerras, ainda mais depois de anos de aumento significativo destas fatalidades”, continuou o pesquisador, “pelo menos agora vemos algum sinal de que os indicadores da paz estão se movendo na direção certa”, concluiu.

Com isso, dois novos desafios devem surgir no horizonte da consolidação da paz, alertou o pesquisador: o fortalecimento de regimes autoritários e populistas, e as incertezas que trazem à tona para o cenário global, e os impactos que as mudanças climáticas podem causar nos índices de conflito e violência.

Segundo o GPI, o mundo conta com 971 milhões de pessoas vivendo em áreas consideradas de “exposição alta” ou “exposição muito alta” aos perigos do clima. Destas, 400 milhões habitam países com baixos níveis de paz, como Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Sudão, Nigéria e México. A bomba relógio climática, alerta Killelea, tem tudo para se consolidar como a ameaça mais séria para a paz no mundo daqui em diante.

Os países mais pacíficos do mundo

O estudo produziu, ainda, um ranking de 163 países que mostra os mais e menos pacíficos do mundo. No topo, poucas mudanças na comparação com a edição 2017. A Islândia se consolida em primeiro pelo oitavo ano consecutivo, seguida da Nova Zelândia e Portugal.

Em comum, os países que ocupam o topo do ranking reúnem níveis de qualidade de vida e governança essenciais para a manutenção da paz e da estabilidade interna. “Esses fatores são chamados de paz positiva: bons níveis de governança, baixos níveis de corrupção e um ambiente saudável para os negócios”, explicou o pesquisador. “E são estruturas que podem ser aplicadas em outros países, temos otimismo quanto a isso”, continuou.

Veja abaixo o ranking dos países mais pacíficos:

Os países menos pacíficos do mundo

Já entre os países menos pacíficos do mundo, o Afeganistão assume esse posto, antes ocupado pela Síria. Sudão do Sul, Iêmen e Iraque, que vivem em situações de conflitos internos, completam o ranking negativo. Confira abaixo:

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