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Estamos vivendo uma nova extinção em massa, afirma estudo

As forças que estão causando a extinção de espécies animais também nos ameaçam seriamente, dizem pesquisadores

Planeta Terra: a menos que a humanidade faça mudanças drásticas, estamos à beira de perdas incomensuráveis (NASA/Wikicommons)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 09h10.

"Podemos concluir que as taxas de extinção modernas estão excepcionalmente altas, que estão aumentando, e sugerem que uma extinção em massa está por vir — a sexta desse tipo nos 4,5 bilhões de anos de história da Terra."

A frase estarrecedora está escrita em um estudo publicado por Geraldo Ceballo, professor do Instituto de Ecologia do México , órgão da Universidade Autônoma Nacional.

Ceballo e sua equipe compararam as taxas de extinção atuais com o patamar médio registrado antes que a atividade humana começasse a afetar o meio-ambiente.

Os pesquisadores descobriram que as espécies atuais estão deixando de existir em taxas bem acima da média histórica.

Nas estimativas mais conservadoras, as espécies mamíferas se extinguiram 28 vezes a mais do que o patamar, desde 1900, e espécies anfíbias se extinguiram 22 vezes a mais do que patamar.

Uma estimativa menos conservadora coloca esses números em 55 e 100 vezes, respectivamente. Se as taxas médias fossem mantidas, as espécies que sumiram no último século iriam demorar entre 800 a 10 mil anos para serem extintas.

Estudos anteriores também encontraram grandes aumentos nas taxas de extinção, mas usaram medidas menos conservadoras, o que gerou ceticismo dentro da comunidade científica.

Ceballos e sua equipe decidiram usar estimativas extremamente conservadoras para calcular a taxa atual de extinção: se encontrassem um grande aumento mesmo usando esses números, teriam indícios mais concretos de que estamos de fato em um período de extinção em massa.

Essa extinção em massa, afirma o estudo, é causada pela destruição dos habitats naturais, poluição, comércio de produtos feitos a partir de espécies ameaçadas e a mudança climática.

E, a menos que a humanidade faça mudanças drásticas, estamos à beira de perdas incomensuráveis. "Imagine um mundo sem leões, sem rinocerontes, sem elefantes, sem pássaros. Não seria o mesmo", afirma Ceballos ao New York Times.

E as forças que estão causando a extinção de espécies animais também nos ameaçam seriamente. Nas próximas décadas, a destruição de habitats e a mudança climática podem fazer com que ecossistemas no mundo todo entrem em colapso, assim como os benefícios gerados por eles, como a manutenção do balanço de gases na atmosfera.

"Toda vez que perdemos uma espécie, ficamos mais perto do completo colapso da civilização da forma pela qual a conhecemos", diz Ceballos.

O pesquisador e sua equipe tentaram escrever o estudo da forma mais clara possível, para que o público em geral entendesse o risco que a humanidade corre atualmente. A ponto de sugerir recomendações para diminuir o risco de extinções em massa: dirigir um carro elétrico ou híbrido, comer menos carne, e evitar produtos que contribuam para a destruição de habitat naturais.

Mas a recomendação mais importante que o estudo fornece é simples: pressionar os governantes a reforçar a proteção de espécies ameaçadas. "O que está em jogo é a sobrevivência da humanidade", afirma.

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"Podemos concluir que as taxas de extinção modernas estão excepcionalmente altas, que estão aumentando, e sugerem que uma extinção em massa está por vir — a sexta desse tipo nos 4,5 bilhões de anos de história da Terra."

A frase estarrecedora está escrita em um estudo publicado por Geraldo Ceballo, professor do Instituto de Ecologia do México , órgão da Universidade Autônoma Nacional.

Ceballo e sua equipe compararam as taxas de extinção atuais com o patamar médio registrado antes que a atividade humana começasse a afetar o meio-ambiente.

Os pesquisadores descobriram que as espécies atuais estão deixando de existir em taxas bem acima da média histórica.

Nas estimativas mais conservadoras, as espécies mamíferas se extinguiram 28 vezes a mais do que o patamar, desde 1900, e espécies anfíbias se extinguiram 22 vezes a mais do que patamar.

Uma estimativa menos conservadora coloca esses números em 55 e 100 vezes, respectivamente. Se as taxas médias fossem mantidas, as espécies que sumiram no último século iriam demorar entre 800 a 10 mil anos para serem extintas.

Estudos anteriores também encontraram grandes aumentos nas taxas de extinção, mas usaram medidas menos conservadoras, o que gerou ceticismo dentro da comunidade científica.

Ceballos e sua equipe decidiram usar estimativas extremamente conservadoras para calcular a taxa atual de extinção: se encontrassem um grande aumento mesmo usando esses números, teriam indícios mais concretos de que estamos de fato em um período de extinção em massa.

Essa extinção em massa, afirma o estudo, é causada pela destruição dos habitats naturais, poluição, comércio de produtos feitos a partir de espécies ameaçadas e a mudança climática.

E, a menos que a humanidade faça mudanças drásticas, estamos à beira de perdas incomensuráveis. "Imagine um mundo sem leões, sem rinocerontes, sem elefantes, sem pássaros. Não seria o mesmo", afirma Ceballos ao New York Times.

E as forças que estão causando a extinção de espécies animais também nos ameaçam seriamente. Nas próximas décadas, a destruição de habitats e a mudança climática podem fazer com que ecossistemas no mundo todo entrem em colapso, assim como os benefícios gerados por eles, como a manutenção do balanço de gases na atmosfera.

"Toda vez que perdemos uma espécie, ficamos mais perto do completo colapso da civilização da forma pela qual a conhecemos", diz Ceballos.

O pesquisador e sua equipe tentaram escrever o estudo da forma mais clara possível, para que o público em geral entendesse o risco que a humanidade corre atualmente. A ponto de sugerir recomendações para diminuir o risco de extinções em massa: dirigir um carro elétrico ou híbrido, comer menos carne, e evitar produtos que contribuam para a destruição de habitat naturais.

Mas a recomendação mais importante que o estudo fornece é simples: pressionar os governantes a reforçar a proteção de espécies ameaçadas. "O que está em jogo é a sobrevivência da humanidade", afirma.

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