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Estados Unidos cogitam novo encontro entre Trump e Kim Jong-un

O porta-voz do governo americano afirmou que a Coreia do Norte deve avançar nos acordos feitos sobre o processo de desnuclearização

Trump e Kim: o porta-voz americano afirmou que a maior parte do programa nuclear da Coreia do Norte pode ser desmontado em um ano (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump e Kim: o porta-voz americano afirmou que a maior parte do programa nuclear da Coreia do Norte pode ser desmontado em um ano (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 16h46.

Washington - A Casa Branca afirmou nesta segunda-feira que existe a possibilidade de um novo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

"A possibilidade de outro encontro entre os dois presidentes obviamente existe", disse o assessor nacional de segurança nacional dos EUA, John Bolton, em um evento em Washington.

"Mas o presidente Trump não pode fazer com que os norte-coreanos cruzem a porta que ele mantém aberta. São eles que têm que dar os passos para a desnuclearização. Estamos esperando", completou.

Bolton se mostrou convencido de que a maior parte do programa nuclear e balístico da Coreia do Norte pode ser desmontado em um ano, reiterando uma afirmação que fez em julho.

Perguntando sobre a origem do cálculo, Bolton respondeu que, em abril do ano passado, Kim disse ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, que poderia desnuclearizar o país em dois anos.

"Moon Jae-in perguntou a Kim porque não poderia ser em um ano e Kim respondeu que, em um acordo, poderia ser feito em um ano. Minha previsão vem disso. Penso que poderia ser ainda mais rápido, mas um ano não está ruim", indicou o assessor.

Na histórica cúpula de Singapura, Trump e Kim concordaram em trabalhar para desnuclearizar a Coreia do Norte. No entanto, as diferenças sobre como realizar o processo logo travaram o diálogo.

A Coreia do Norte exige a assinatura de um tratado de paz com a Coreia do Sul para encerrar o estado de guerra que tecnicamente está em vigor desde 1953 em troca de executar os passos concretos para desmantelar seu arsenal nuclear, como quer a Casa Branca.

Depois de um pico de tensão que provocou o cancelamento de uma viagem do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Pyongyang, Trump retomou o discurso amigável em relação a Kim.

Segundo a imprensa americana, a Casa Branca queria programar um segundo encontro entre Kim e Trump em setembro, em Nova York, aproveitando a Assembleia Geral da ONU. Contudo, o encontro estava condicionado aos progressos de desnuclearização da Coreia do Norte que, até agora, não ocorreram.

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