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Estado Islâmico mata 11 em ataque no Iraque

Entre os militares mortos, dois eram soldados, e outros três eram membros de milícias paramilitares que apoiaram o exército iraquiano

Iraque: EI reivindicou o ataque e mencionou pelo menos 50 vítimas entre mortos e feridos (Alaa Al-Marjani/Reuters)

Iraque: EI reivindicou o ataque e mencionou pelo menos 50 vítimas entre mortos e feridos (Alaa Al-Marjani/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 14h09.

O grupo Estado Islâmico (EI) realizou nesta quarta-feira (29) um ataque com carro-bomba que deixou 11 mortos no Iraque, uma semana após seu líder lançar um apelo a seus partidários para que sigam com a "Jihad" (guerra santa).

A explosão ocorreu às 9h (3h de Brasília) e teve como alvo um posto de controle em uma das entradas da cidade de Qaim, localizada 340 quilômetros a oeste de Bagdá.

Entre os militares mortos, dois eram soldados, e outros três, membros de Hashd al-Shabi, milícias paramilitares que apoiaram o Exército na luta para expulsar o EI do Iraque.

Em um comunicado, o EI reivindicou a responsabilidade por este ataque e mencionou pelo menos 50 vítimas entre mortos e feridos.

De acordo com um relatório dos serviços de segurança iraquianos, o veículo usado no ataque foi roubado em uma área deserta perto da Síria.

O veículo passou por duas barreiras rodoviárias. Na terceira, os soldados e membros das Hashd al-Shabi mandaram o motorista parar e, quando não foram obedecidos, atiraram. Em seguida, o extremista acelerou e explodiu contra o ponto de controle, causando baixas.

Para o especialista em movimentos extremistas Hisham al-Hashemi, o EI escolheu este alvo, porque se trata de um lugar estratégico entre a Síria e o Iraque, e uma região onde não estão presentes apenas o Exército iraquiano e milícias. Lá também se encontram as forças americanas e francesas que fazem parte da coalizão internacional antijihadista.

Este ataque "é para dizer a todos: 'nós ainda temos braço longo suficiente e podemos agir rapidamente e atacar onde quisermos'", explicou o especialista à AFP.

Um membro das Hashd indicou à AFP que se tratou de "uma reação dos terroristas às operações militares dirigidas contra o Daesh (sigla em árabe para o EI) nesta região desértica perto da fronteira com a Síria".

Na última gravação de áudio atribuída ao chefe do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, ele afirma que "o Estado do Califado vai-se manter, se Deus quiser, (...) fará a religião triunfar e vai lutar contra seus inimigos".

No áudio de 55 minutos, Bagdadi ataca os Estados Unidos, menciona o Irã xiita, faz uma convocação aos sunitas do Iraque e denuncia as unidades paramilitares iraquianas, nas quais predominam os xiitas.

Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de US$ 25 milhões pela captura do líder do EI, que em 2014 proclamou um "califado" em grande parte da Síria e em quase um terço do Iraque.

As forças do governo iraquiano recuperaram a cidade de Al Qaim das mãos dos jihadistas em novembro de 2017.

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