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Estado Islâmico executou mais de 5 mil pessoas na Síria desde 2014

Desde junho de 2014, o grupo jihadista executou 5,1 mil pessoas, entre elas 2, 8 civis eram civis e 106 crianças

O Estado Islâmico matou 569 dos integrantes do grupo acusados de espionagem (Dado Ruvic/Reuters)

O Estado Islâmico matou 569 dos integrantes do grupo acusados de espionagem (Dado Ruvic/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de maio de 2018 às 14h43.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 15h10.

Cairo - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou 5.171 pessoas extrajudicialmente, entre elas 2.896 civis, nas regiões dominadas na Síria desde que declarou um califado em junho de 2014 até hoje, segundo uma apuração do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Entre os civis executados há 106 crianças, e entre as vítimas se encontra um ativista dessa ONG, identificado como Yaudat al Rabah (Abu Islam). Todos foram fuzilados, degolados, decapitados, lançados do topo de edifícios ou queimados em várias províncias sírias.

Também foram executados nos últimos quatro anos 379 integrantes das facções rebeldes e islâmicas e da Frente al Nusra, antiga denominação do braço sírio da Al Qaeda.

Além disso, o EI assassinou 1.325 integrantes das forças governamentais e milicianos aliados ao governo de Damasco, após terem sido capturados em combates ou detidos em postos de controle dos jihadistas nas zonas ocupadas.

A organização jihadista também queimou vivos dois soldados turcos que foram capturados no nordeste da província de Aleppo, onde está presente o Exército da Turquia.

O EI matou 569 dos integrantes do próprio grupo, incluindo mulheres, acusadas de espionagem a favor de países estrangeiros e da coalizão internacional liderada pelos EUA, por terem "relações sexuais ilegais" e por "dissidência", e muitos foram aprisionados quando tentavam fugir e retornar aos seus países.

Nos últimos dois meses, seis civis foram executados por "apostasia, blasfêmia, espionagem a favor de Israel e facções" armadas rivais do EI, segundo afirmou o Observatório.

Nesse mesmo período, 11 soldados e milicianos aliados ao governo de Damasco foram assassinados, assim como seis membros do próprio grupo terrorista acusados de "fugirem do terreno de combate" e de "extremismo".

O EI controla atualmente 3% do território sírio, após ter perdido grande parte das áreas que chegou a controlar desde 2014, que representavam mais da metade da superfície do país árabe.

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