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Estado Islâmico assume ataque que matou dezenas em Cabul

Autoridades disseram que o agressor entrou na mesquita de Baqir-ul-Olum pouco depois do meio-dia, quando os fiéis se reuniam para o Arbaeen

Mesquita xiita: um comunicado em árabe da agência de notícias Amaq, do EI, disse que um de seus combatentes atingiu a mesquita (Omar Sobhani/Reuters)
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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 15h28.

Cabrul- O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por um ataque suicida em uma mesquita xiita lotada de Cabul nesta segunda-feira que matou ao menos 30 pessoas e feriu dezenas, seu terceiro grande atentado contra os xiitas minoritários na capital afegã desde julho.

Autoridades disseram que o agressor entrou na mesquita de Baqir-ul-Olum pouco depois do meio-dia, quando os fiéis se reuniam para o Arbaeen, um ritual xiita que marca o período de luto de 40 dias pela morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé, no século 7.

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Um comunicado em árabe da agência de notícias Amaq, do Estado Islâmico, disse que um de seus combatentes atingiu a mesquita.

Rivalidades sectárias sangrentas entre muçulmanos sunitas e xiitas têm sido relativamente raras no Afeganistão, país de maioria sunita, mas o ataque sublinha a nova e mortífera dimensão que a tensão étnica crescente pode levar a seu conflito de décadas.

Fraidoon Obaidi, chefe do Departamento de Investigação Criminal da polícia de Cabul, disse que ao menos 27 pessoas foram mortas e que 35 ficaram feridas. Já a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que no mínino 32 morreram e mais de 50 se feriram, inclusive muitas crianças, e descreveu a ação como "uma atrocidade".

"Vi pessoas gritando e cobertas de sangue", disse um sobrevivente à televisão afegã Ariana, acrescentando que cerca de 40 mortos e 80 feridos foram levados do edifício antes de os serviços de resgate chegarem ao local.

Outra testemunha contou ter ajudado a levar entre 30 e 35 corpos para fora da mesquita.

O Estado Islâmico, baseado sobretudo em Nangarhar, Estado do leste na fronteira com o Paquistão, vem ampliando gradualmente seu alcance desde que emergiu no Afeganistão no ano passado com a reputação de defender um fundamentalismo radical e dar mostras de brutalidade.

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