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Estado de Wisconsin vai recontar votos da eleição dos EUA

A candidata do Partido Verde, Jill Stein, que também concorreu às eleições, entrou ontem (25) com um pedido formal de recontagem de votos

Donald Trump: Sua eleição é suspeita de ter sido manipulada por invasão de hackers em Wisconsin (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: Sua eleição é suspeita de ter sido manipulada por invasão de hackers em Wisconsin (Carlo Allegri/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de novembro de 2016 às 14h14.

O estado norte-americano de Wisconsin está se preparando para realizar uma recontagem completa dos votos das eleições dos Estados Unidos, ocorridas em 8 de novembro de 2016. Pelo sistema eleitoral norte-americano, baseado nos votos do Colégio Eleitoral, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos.

Apesar do resultado do Colégio Eleitoral, a candidata do Partido Verde, Jill Stein, que também concorreu às eleições, entrou ontem (25) com um pedido formal de recontagem de votos. Na justificativa, ela disse que quer ter certeza se os resultados em Wisconsin foram ou não manipulados pela invasão de hackers nos computadores que calculam os votos. Mas, para ter alguma esperança de reversão do resultado, a candidata vai ter de pedir também recontagem de votos nos estados de Michigan e Pensilvânia.

Segundo analistas eleitorais, para que a candidata do Partido Verde tenha um mínimo de chance de sucesso, ela terá de demonstrar que houve manipulação de resultados nos três estados.

Colégio Eleitoral

Nas eleições presidenciais dos EUA, o presidente e vice-presidente não são eleitos diretamente pelo voto dos cidadãos. Na verdade, os eleitores escolhem os delegados que vão dar o voto ao presidente e ao vice-presidente no Colégio Eleitoral. Este órgão é composto por um total de 538 delegados provenientes de todos os estados, incluindo a capital Washington. Só que, se valesse o voto popular, Hillary Clinton, e não Donald Trump, seria a presidente eleita.

Embora a contagem das cédulas ainda não tenha sido concluída, Hillary Clinton teria mais de 2 milhões de votos de vantagem sobre Donald Trump, porque nesse total estão incluídos os votos de eleitores de estados como Califórnia e Nova York, que são majoritariamente a favor do Partido Democrata.

No entanto, pelas regras eleitorais americanas, a regra que prevalece para a maioria dos estados é que se, se um partido tiver um delegado a mais, todos os votos vão para o candidato deste grêmio partidário. Por esse critério, o Partido Republicano ganhou em muitos estados pequenos e, dessa forma, seu candidato, Trump, foi eleito. O que o Partido Verde está querendo, com seu pedido, é reverter o resultado onde os votos tiveram uma estreita margem de diferença entre os dois partidos principais, o Democrata e o Republicano.

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