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Estado de saúde de Mandela permanece crítico

Situação do ex-presidente sul-africano melhorou durante a noite, mas permanece crítico no 20º dia de hospitalização

Homenagem a Mandela no Centro Cívico da Cidade do Cabo: família de Nelson Mandela mencionou pela primeira vez publicamente a perspectiva de sua morte (Nardus Engelbrecht/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 12h07.

Johanesburgo - O estado de saúde do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela melhorou durante a noite, mas permanece crítico, no 20º dia de hospitalização.

Apesar desta evolução, a família mencionou pela primeira vez publicamente a perspectiva de sua morte.

"Ele está melhor hoje do que ontem quando o vi à noite", declarou o presidente sul-africano Jacob Zuma pouco depois de passar pelo hospital em Pretória, onde o símbolo da paz e reconciliação e herói da luta contra o apartheid está internado desde 8 de junho por uma grave infecção pulmonar.

Próximo de completar 95 anos, Nelson Mandela continua em "estado crítico, mas estável", acrescentou a presidência.

Zuma deu a entender que a morte de seu predecessor se aproxima, ao anunciar quarta-feira à noite o cancelamento de sua visita a Moçambique.

Segundo um chefe tribal de sua região natal, Napilisi Mandela, o ex-presidente respira com a ajuda de aparelhos.

"Só posso reiterar que Tata (papai) está em condição muito crítica, qualquer coisa é iminente", comentou nesta quinta-feira a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, em uma entrevista à rádio pública SAFM.

"Mas também quero enfatizar de novo que apenas Deus sabe quando chegará sua hora... vamos esperar ao lado dele, com papai, enquanto continuar conosco", completou.

Em visita a Dacar, no primeiro dia de seu giro pelo continente africano, o presidente americano Barack Obama homenageou Mandela, que assim como ele, foi o primeiro presidente negro de seu país.

"Ele é um herói para o mundo, e quando deixar este mundo (...) todos nós sabemos que o seu legado irá perdurar", disse.


Desde o anúncio de sua hospitalização, centenas de jornalistas de todo o mundo chegam a cada dia.

A filha mais velha de Mandela criticou a imprensa, acusando os jornalistas que cobrem a hospitalização de seu pai de se comportarem como "abutres", sem nenhum respeito respeito pelas tradições locais.

"Há um certo racismo nos meios de comunicação estrangeiros que se permitem ultrapassar todos os limites", declarou Makaziwe.

Além da imprensa, muitos sul-africanos vieram deixar flores e cartas em frente ao Mediclinic Heart Hospital, manifestando a gratidão de toda a Nação.

"Desejo-lhe uma longa vida", disse Keqane Keledwane, de 93 anos, entrevistada pela AFP nas ruas de Qunu (sul), o vilarejo onde Madela cresceu.

Vários ministros também homenagearam este grande homem. "Sua presença física é apenas uma parte do que ele é... sua presença espiritual continuará a viver em nós", declarou o ministro Trevor Manuel.

"Chegou a hora de pensar e rezar por Nelson Mandela, mas também de celebrar uma vida bem vivida", indicou por sua vez o ministro dos Esportes, Fikile Mbalula.

No exterior, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse que "sei que nossos pensamentos e orações são para Nelson Mandela, sua família e pessoas próximas, todos os sul-africanos e aqueles do mundo inteiro que foram inspirados por sua vida marcante e seu exemplo".

A ex-chefe da diplomacia americana Hillary Clinton também expressou no Twitter "amor e suas orações a nosso grande amigo Madiba, a sua família e a seu país".

Libertado em 1990, Mandela recebeu em 1993 o Prêmio Nobel da Paz por ter conduzido um processo de reconciliação e democratização na África do Sul.

Mandela foi de 1994 a 1999 um presidente de consenso que conquistou o coração da minoria branca, cuja dominação combateu por toda sua vida.

Afastado da vida política, sua última aparição pública aconteceu na final da Copa do Mundo de futebol, em julho de 2010.

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Próximo de completar 95 anos, Nelson Mandela continua em "estado crítico, mas estável", acrescentou a presidência.

Zuma deu a entender que a morte de seu predecessor se aproxima, ao anunciar quarta-feira à noite o cancelamento de sua visita a Moçambique.

Segundo um chefe tribal de sua região natal, Napilisi Mandela, o ex-presidente respira com a ajuda de aparelhos.

"Só posso reiterar que Tata (papai) está em condição muito crítica, qualquer coisa é iminente", comentou nesta quinta-feira a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, em uma entrevista à rádio pública SAFM.

"Mas também quero enfatizar de novo que apenas Deus sabe quando chegará sua hora... vamos esperar ao lado dele, com papai, enquanto continuar conosco", completou.

Em visita a Dacar, no primeiro dia de seu giro pelo continente africano, o presidente americano Barack Obama homenageou Mandela, que assim como ele, foi o primeiro presidente negro de seu país.

"Ele é um herói para o mundo, e quando deixar este mundo (...) todos nós sabemos que o seu legado irá perdurar", disse.


Desde o anúncio de sua hospitalização, centenas de jornalistas de todo o mundo chegam a cada dia.

A filha mais velha de Mandela criticou a imprensa, acusando os jornalistas que cobrem a hospitalização de seu pai de se comportarem como "abutres", sem nenhum respeito respeito pelas tradições locais.

"Há um certo racismo nos meios de comunicação estrangeiros que se permitem ultrapassar todos os limites", declarou Makaziwe.

Além da imprensa, muitos sul-africanos vieram deixar flores e cartas em frente ao Mediclinic Heart Hospital, manifestando a gratidão de toda a Nação.

"Desejo-lhe uma longa vida", disse Keqane Keledwane, de 93 anos, entrevistada pela AFP nas ruas de Qunu (sul), o vilarejo onde Madela cresceu.

Vários ministros também homenagearam este grande homem. "Sua presença física é apenas uma parte do que ele é... sua presença espiritual continuará a viver em nós", declarou o ministro Trevor Manuel.

"Chegou a hora de pensar e rezar por Nelson Mandela, mas também de celebrar uma vida bem vivida", indicou por sua vez o ministro dos Esportes, Fikile Mbalula.

No exterior, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse que "sei que nossos pensamentos e orações são para Nelson Mandela, sua família e pessoas próximas, todos os sul-africanos e aqueles do mundo inteiro que foram inspirados por sua vida marcante e seu exemplo".

A ex-chefe da diplomacia americana Hillary Clinton também expressou no Twitter "amor e suas orações a nosso grande amigo Madiba, a sua família e a seu país".

Libertado em 1990, Mandela recebeu em 1993 o Prêmio Nobel da Paz por ter conduzido um processo de reconciliação e democratização na África do Sul.

Mandela foi de 1994 a 1999 um presidente de consenso que conquistou o coração da minoria branca, cuja dominação combateu por toda sua vida.

Afastado da vida política, sua última aparição pública aconteceu na final da Copa do Mundo de futebol, em julho de 2010.

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