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Espanhóis saem às ruas para exigir renúncia de Rajoy

A manifestação de hoje ocorre dois dias depois de líderes da oposição terem intimado Rajoy a explicar-se perante o Parlamento ou enfrentar uma moção de censura


	O escândalo de corrupção no partido governista ocorre em um momento no qual Rajoy vem impondo medidas de austeridade e desarticulando benefícios sociais em meio à crise e ao elevado nível de desemprego
 (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

O escândalo de corrupção no partido governista ocorre em um momento no qual Rajoy vem impondo medidas de austeridade e desarticulando benefícios sociais em meio à crise e ao elevado nível de desemprego (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 17h00.

Milhares de pessoas concentraram-se nesta quinta-feira diante do diretório do Partido Popular (PP, conservador) em Madri para exigir a renúncia do primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, em meio a denúncias de que ele teria recebido centenas de milhares de euros provenientes do caixa 2 de seu partido antes de ser eleito chefe de governo, em 2011.

A manifestação de hoje ocorre dois dias depois de líderes da oposição terem intimado Rajoy a explicar-se perante o Parlamento ou enfrentar uma moção de censura.

O escândalo de corrupção no partido governista ocorre em um momento no qual Rajoy vem impondo medidas de austeridade e desarticulando benefícios sociais em meio à crise e ao elevado nível de desemprego.

Na segunda-feira, Rajoy disse que não cederia à pressão para que renunciasse depois da revelação de que ele trocou mensagens de texto com o ex-tesoureiro do PP investigado de desviar milhões de euros para contas secretas na Suíça.

Luis Bárcenas, o ex-tesoureiro, afirmou perante um juiz que Rajoy recebeu dinheiro proveniente do caixa 2 do PP. O primeiro-ministro nega. Bárcenas afirmou, entre outras coisas, que fez pagamentos a Rajoy e a María Dolores de Cospedal, secretária-geral do PP.

A maioria dos valores registrados nos documentos usados na denúncia viola a lei de financiamento de partidos políticos da Espanha porque superam o valor máximo fixado para uma mesma pessoa física ou jurídica ou porque eram oferecidos por pessoas ou empresas proibidas de fornecer recursos a partidos. Esses pagamentos foram feitos principalmente em nome de empresas e empresários do setor de construção, segundo o jornal El País.

Fonte: Associated Press.

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