Mundo

Espanha retira queixa contra ex-presidentes chineses

A justiça espanhola decidiu retirar a queixa de genocídio contra os ex-presidentes Hu Jintao e Jiang Zemin


	O ex-presidente chinês, Hu Jintao: justiça espanhola decide retirar a queixa por genocídio dele e de Jiang Zemin
 (Diego Azubel/AFP)

O ex-presidente chinês, Hu Jintao: justiça espanhola decide retirar a queixa por genocídio dele e de Jiang Zemin (Diego Azubel/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 08h27.

A justiça espanhola decidiu nesta segunda-feira encerrar um caso de presunção de "genocídio" no Tibete contra altos dirigentes chineses, entre eles os ex-presidentes Hu Jintao e Jiang Zemin, após uma reforma que limita a aplicação do princípio de jurisdição universal, informou uma fonte judicial.

O plenário da divisão penal da Audiência Nacional, principal instância judicial do país, decidiu "por 9 votos a 7 pela extinção do processo contra dois ex-presidentes e outras seis altos funcionários do governo chinês", informou a fonte.

Os magistrados consideraram que, "de acordo com a reforma da jurisdição universal, a Espanha não pode julgar os crimes tipificados como genocídio e lesa humanidade porque os oito réus não são espanhóis e não residem na Espanha".

Valendo-se do princípio da jurisdição universal, pelo qual a Espanha se considerava competente para julgar esses crimes se eles não fossem julgados no país envolvido, o Comitê de Apoio ao Tibete apresentou em 2006 uma queixa contra Jiang Zemin, Hu Jintao, o ex-primeiro ministro Li Peng e outras cinco autoridades chinesas.

Em novembro, a Audiência Nacional emitiu uma ordem de detenção internacional contra cinco dos suspeitos --inclusive Jiang e Li-- por considerar que havia "indícios de sua participação" em campanhas de repressão no Tibete nos anos 1980-1990.

A China protestou com firmeza ante o executivo conservador de Mariano Rajoy e pouco depois, dia 27 de fevereiro, o Partido Popular (PP, direita), do governo, utilizou sua maioria absoluta no Parlamento para aprovar uma controversa limitação da jurisdição universal.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEspanhaEuropaGenocídioPiigs

Mais de Mundo

Governo de Bangladesh restaura internet após protestos

Israel promete ‘revanche’ contra Hezbollah após foguete matar 12 em campo de futebol

'Farei com que se respeite o resultado eleitoral', diz Maduro após votar em Caracas

Maduro pede desculpas por impedir entrada de ex-mandatários que observariam eleições

Mais na Exame