Mariano Rajoy: apesar de o problema da Síria ser provocado por uma guerra civil, os países tem que levar "a sério" a situação e solucioná-la "com uma maior rapidez" (Andrea Comas/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2015 às 11h53.
Madri - O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, defendeu nesta segunda-feira uma "reunião urgente" da comunidade internacional para buscar soluções ao conflito na Síria e evitar situações dramáticas vividas pelos milhares de refugiados.
Em declarações à imprensa após presidir uma reunião com deputados e senadores do Partido Popular (PP), Rajoy explicou que a Espanha participa hoje da reunião de ministros do Interior em Bruxelas com uma posição construtiva e apoiará as propostas da Comissão Europeia (CE) para a amparada de refugiados.
No entanto, acrescentou que, apesar de o problema da Síria ser provocado por uma guerra civil, os países tem que levar "a sério" a situação e solucioná-la "com uma maior rapidez". A Espanha também defenderá que é preciso uma solução global e profunda.
Sobre uma possível participação de tropas espanholas em uma intervenção militar, Rajoy não quis entrar em um "debate público" sobre o que é necessário fazer, se limitando a pedir uma reunião urgente da comunidade internacional para resolver a crise.
À margem do problema "pontual" da Síria, Rajoy avaliou que é preciso "ir à raiz da situação" e buscar uma abordagem integral do fenômeno do asilo e da imigração ilegal por razões econômicas.
O presidente do Governo defendeu que, sobre a questão do asilo, a CE estabelecer o grupo de países de origem cujos imigrantes podem ser recebidos na UE, além de garantir que a legislação sobre o assunto seja a mesma em todos os integrantes do bloco.
Em relação à imigração econômica, Rajoy pediu um plano de cooperação com os países africanos de onde procedem esses imigrantes em busca de uma vida digna, e convênios parecidos com os que a Espanha já mantém com alguns deles.
Além disso, defendeu uma proposta conjunta entre os países de origem e a UE para lutar contra as máfias e acordos de readmissão, de tal forma que imigrantes levados à Espanha por redes de tráficos de pessoas sejam "aceitos imediatamente" de volta em seus países de procedência.