Espanha: Milhares protestam em defesa da mineração
Os confrontos deixaram 76 pessoas levemente feridas, entre elas 43 manifestantes e 33 policiais
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 15h37.
Madri - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quarta-feira em Madri contra a redução das ajudas à mineração, em um movimento que gerou enfrentamentos entre civis e a polícia em frente ao Ministério de Indústria espanhol.
Os confrontos deixaram 76 pessoas levemente feridas, entre elas 43 manifestantes e 33 policiais, segundo o governo de Madri, que relatou oito detidos.
Os choques explodiram quando um grupo de manifestantes começou a jogar pedras e garrafas contra os agentes, em frente ao Ministério da Indústria, para protestar contra a redução das ajudas públicas às regiões de mineração.
Centenas de mineiros, em greve desde maio, chegaram na terça-feira a Madri, depois de uma caminhada de mais de 400 quilômetros a partir do norte da Espanha , para participar na manifestação, na qual os sindicatos esperavam reunir 25.000 pessoas.
"É a morte da mineração, das bacias e de todos os povos que vivem nas proximidades", afirmou Rafael Blanco.
Os mineiros consideram que a decisão do governo de cortar em 63% as ajudas públicas ao setor este ano, passando de 301 milhões de euros em 2011 a 111 milhões este ano, culminará no fim do setor e também protestam sobre o uso que tem sido feito dos subsídios nos últimos anos.
"O dinheiro não foi empregado para criar postos de trabalho", diz Blanco.
Em reestruturação há 20 anos, as minas de carvão espanholas têm sido sistematicamente fechadas. Cerca de 40 estão ainda ativas, principalmente no norte do país, empregando cerca de 8.000 mineiros.
Contudo, o carvão espanhol, mais caro que o importado, depende dos subsídios do Estado, que deverão terminar até 2018, por decisão de Bruxelas.
"Há subsídios para outras empresas, mas não para a mineração", diz Ángel Triguero, de 68 anos, membro do sindicato UGT.
Na terça-feira, centenas de mineiros iluminaram a noite madrilenha com seus capacetes ao cruzar o centro da capital em um desfile da "marcha negra", que chegou a Madri em duas colunas, uma vinda de Castela e Leão e Astúrias e outra de Aragão (nordeste).
Os membros desta "marcha negra", que percorreu 400 quilômetros em 20 dias, também estiveram presentes na manifestação desta quarta-feira.
"Os cortes aplicados não têm sentido, havia um plano firmado até 2012 e não o cumpriram. É só isso que estamos pedindo", disse Iván Collazo, de 30 anos.
Com esta manifestação, após várias semanas de mobilizações, os mineiros esperam que o governo retroceda e não reduza as ajudas ao setor, em meio às medidas de ajuste para reduzir o déficit público de 8,9% de 2011 para 6,3% este ano.
Contudo, o otimismo em torno dos frutos que podem ser gerados por estas mobilizações é limitado entre os assistentes, já que o governo tem se mostrado até agora contrário a mudar de ideia.
"Mesmo que façam cortes, é preciso que a mineração continue funcionando e que sejam criados postos de trabalho", afirmou Blanco.
Madri - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quarta-feira em Madri contra a redução das ajudas à mineração, em um movimento que gerou enfrentamentos entre civis e a polícia em frente ao Ministério de Indústria espanhol.
Os confrontos deixaram 76 pessoas levemente feridas, entre elas 43 manifestantes e 33 policiais, segundo o governo de Madri, que relatou oito detidos.
Os choques explodiram quando um grupo de manifestantes começou a jogar pedras e garrafas contra os agentes, em frente ao Ministério da Indústria, para protestar contra a redução das ajudas públicas às regiões de mineração.
Centenas de mineiros, em greve desde maio, chegaram na terça-feira a Madri, depois de uma caminhada de mais de 400 quilômetros a partir do norte da Espanha , para participar na manifestação, na qual os sindicatos esperavam reunir 25.000 pessoas.
"É a morte da mineração, das bacias e de todos os povos que vivem nas proximidades", afirmou Rafael Blanco.
Os mineiros consideram que a decisão do governo de cortar em 63% as ajudas públicas ao setor este ano, passando de 301 milhões de euros em 2011 a 111 milhões este ano, culminará no fim do setor e também protestam sobre o uso que tem sido feito dos subsídios nos últimos anos.
"O dinheiro não foi empregado para criar postos de trabalho", diz Blanco.
Em reestruturação há 20 anos, as minas de carvão espanholas têm sido sistematicamente fechadas. Cerca de 40 estão ainda ativas, principalmente no norte do país, empregando cerca de 8.000 mineiros.
Contudo, o carvão espanhol, mais caro que o importado, depende dos subsídios do Estado, que deverão terminar até 2018, por decisão de Bruxelas.
"Há subsídios para outras empresas, mas não para a mineração", diz Ángel Triguero, de 68 anos, membro do sindicato UGT.
Na terça-feira, centenas de mineiros iluminaram a noite madrilenha com seus capacetes ao cruzar o centro da capital em um desfile da "marcha negra", que chegou a Madri em duas colunas, uma vinda de Castela e Leão e Astúrias e outra de Aragão (nordeste).
Os membros desta "marcha negra", que percorreu 400 quilômetros em 20 dias, também estiveram presentes na manifestação desta quarta-feira.
"Os cortes aplicados não têm sentido, havia um plano firmado até 2012 e não o cumpriram. É só isso que estamos pedindo", disse Iván Collazo, de 30 anos.
Com esta manifestação, após várias semanas de mobilizações, os mineiros esperam que o governo retroceda e não reduza as ajudas ao setor, em meio às medidas de ajuste para reduzir o déficit público de 8,9% de 2011 para 6,3% este ano.
Contudo, o otimismo em torno dos frutos que podem ser gerados por estas mobilizações é limitado entre os assistentes, já que o governo tem se mostrado até agora contrário a mudar de ideia.
"Mesmo que façam cortes, é preciso que a mineração continue funcionando e que sejam criados postos de trabalho", afirmou Blanco.