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Espanha fornecerá até 5 bilhões de euros para resgate de Portugal

Assistência financeira dos espanhóis faz parte da ajuda de 78 bilhões de euros enviada para quitar dívidas do país

Contribuição é "em forma de garantias", e não de empréstimo, disse ministra da Economia da Espanha (Getty Images)

Contribuição é "em forma de garantias", e não de empréstimo, disse ministra da Economia da Espanha (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 06h22.

Bruxelas - A ministra de Economia espanhola, Elena Salgado, assinalou nesta terça-feira que a Espanha fornecerá entre 4,5 e 5 bilhões de euros ao programa de assistência financeira de Portugal, que totalizará 78 bilhões de euros.

"Ficará em torno de 4,5 bilhões, entre 4,5 e 5 bilhões o volume que devemos garantir, que já está em nosso orçamento", declarou Elena em sua chegada ao Conselho de Ministros de Economia e Finanças da União Europeia (Ecofin).

Elena precisou que a contribuição da Espanha é "em forma de garantias", e não de empréstimo, e explicou que, como lhe corresponde por sua participação no Banco Central Europeu, será 12,7% dos 26 bilhões de contribuição do fundo de resgate dos países do euro (EFSF, em sua sigla em inglês) mais cobertura de juros.

As declarações da ministra acontecem depois de os titulares de Finanças da zona do euro darem sinal verde para o resgate de Portugal após aceitar as condições exigidas pela Finlândia para participar do mesmo.

A ajuda de 78 bilhões de euros cobrirá as necessidades de financiamento de Portugal durante três anos e será fornecida em partes iguais pelo FMI e os dois instrumentos com que conta atualmente a UE: o fundo de resgate dos países do euro (EFSF) e o fundo garantido pelo orçamento europeu (EFSM).

Elena também falou sobre o reforço do fundo de resgate temporário que a UE quer definir antes de junho, e assegurou que a intenção é que "a capacidade efetiva de empréstimo coincida com a capacidade teórica, e para isso deveremos aumentar as garantias".

A ministra espanhola também comentou a situação da Grécia, depois de o Eurogrupo ter manifestado na segunda-feira que o país deve realizar maiores esforços se quiser auxílio adicional além dos 110 bilhões que lhe foram fornecidos no ano passado.

"Temos que aguardar pelo fim da missão (da UE e do FMI, que se encontra em Atenas no momento), que demorará ainda alguns dias para terminar seus trabalhos, mas efetivamente há a sensação de que possivelmente será necessário adotar alguma medida adicional", afirmou.

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