Espanha celebra fim da violência da ETA lembrando suas vítimas
No próximo dia 20 de novembro, a Espanha realizará eleições gerais, às quais as forças da esquerda independentista basca querem concorrer dentro da coalizão Amaiur
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2011 às 13h23.
Madri - Os principais partidos políticos da Espanha transformaram hoje seus atos eleitorais em uma celebração pelo anúncio do final do terrorismo da ETA com uma homenagem a suas vítimas.
Em um ato em San Sebastián (País Basco, norte da Espanha), o primeiro após o anúncio da ETA na quinta-feira, o candidato socialista à Presidência do Governo, Alfredo Pérez Rubalcaba, pediu o fim do independentismo basco no terreno político.
'Agora lhes tiramos as bombas e a partir de hoje temos que tirar-lhes os votos com a força da democracia', disse Rubalcaba visivelmente emocionado.
No próximo dia 20 de novembro, a Espanha realizará eleições gerais, às quais as forças da esquerda independentista basca querem concorrer dentro da coalizão Amaiur.
Ao se dirigir às viúvas de vítimas da ETA, Rubalcaba reconheceu que a derrota do terrorismo chegou tarde para elas. O candidato socialista esteve acompanhado pelo presidente regional basco, Patxi López, que advertiu que os democratas 'não devem nada à ETA'.
Por sua parte, o presidente do conservador Partido Popular (PP), o principal da oposição na Espanha, Mariano Rajoy, pediu 'prudência' e afirmou que é o momento de 'ter grandeza' e 'estar à altura das circunstâncias', com a 'união de todos os democratas'.
Rajoy destacou que se trata de uma 'uma vitória da sociedade espanhola, e esta vitória será completa quando a ETA se dissolver de forma irreversível'.
Algumas vítimas voltaram a reivindicar hoje um final da violência da ETA 'sem concessões'.
'Para nós, como vítimas do terrorismo, o fato de que ninguém mais possa engrossar a lista de mortos constitui não um triunfo, mas um alívio', ressaltou o Coletivo de Vítimas do Terrorismo do País Basco em comunicado.
No entanto, esse grupo expressou sua oposição a que 'a derrota da ETA se transforme no triunfo de seu projeto político e que a impunidade dos crimes seja a moeda de troca de um comunicado feito quando a organização se encontrava asfixiada e derrotada'.
A ETA anunciou na quinta-feira passada, a um mês exato da realização das eleições gerais na Espanha, 'o fim definitivo de sua atividade armada' cinco décadas após sua criação, nas quais assassinou a mais de 850 pessoas em sua luta pela independência do País Basco. EFE
Madri - Os principais partidos políticos da Espanha transformaram hoje seus atos eleitorais em uma celebração pelo anúncio do final do terrorismo da ETA com uma homenagem a suas vítimas.
Em um ato em San Sebastián (País Basco, norte da Espanha), o primeiro após o anúncio da ETA na quinta-feira, o candidato socialista à Presidência do Governo, Alfredo Pérez Rubalcaba, pediu o fim do independentismo basco no terreno político.
'Agora lhes tiramos as bombas e a partir de hoje temos que tirar-lhes os votos com a força da democracia', disse Rubalcaba visivelmente emocionado.
No próximo dia 20 de novembro, a Espanha realizará eleições gerais, às quais as forças da esquerda independentista basca querem concorrer dentro da coalizão Amaiur.
Ao se dirigir às viúvas de vítimas da ETA, Rubalcaba reconheceu que a derrota do terrorismo chegou tarde para elas. O candidato socialista esteve acompanhado pelo presidente regional basco, Patxi López, que advertiu que os democratas 'não devem nada à ETA'.
Por sua parte, o presidente do conservador Partido Popular (PP), o principal da oposição na Espanha, Mariano Rajoy, pediu 'prudência' e afirmou que é o momento de 'ter grandeza' e 'estar à altura das circunstâncias', com a 'união de todos os democratas'.
Rajoy destacou que se trata de uma 'uma vitória da sociedade espanhola, e esta vitória será completa quando a ETA se dissolver de forma irreversível'.
Algumas vítimas voltaram a reivindicar hoje um final da violência da ETA 'sem concessões'.
'Para nós, como vítimas do terrorismo, o fato de que ninguém mais possa engrossar a lista de mortos constitui não um triunfo, mas um alívio', ressaltou o Coletivo de Vítimas do Terrorismo do País Basco em comunicado.
No entanto, esse grupo expressou sua oposição a que 'a derrota da ETA se transforme no triunfo de seu projeto político e que a impunidade dos crimes seja a moeda de troca de um comunicado feito quando a organização se encontrava asfixiada e derrotada'.
A ETA anunciou na quinta-feira passada, a um mês exato da realização das eleições gerais na Espanha, 'o fim definitivo de sua atividade armada' cinco décadas após sua criação, nas quais assassinou a mais de 850 pessoas em sua luta pela independência do País Basco. EFE